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8.0
Lido na colet??nea [b:Romances completos|160562588|Romances completos|Corn??lio Penna|https://i.gr-assets.com/images/S/compressed.photo.goodreads.com/books/1695571879l/160562588.SY75.jpg|172606808].
At?? onde entendi, um livro que se pergunta sobre a veracidade da f?? em lidar com a extin????o dos males da alma, do corpo, da mente. Eu poderia ter prevenido ser assim? Eu posso deixar de ser assim? Ao pensar que ?? tarde demais, n??o se torna logicamente tarde demais? O quanto a minha crise de f?? me auxiliou em me tornar o que quer que eu seja hoje?
Algumas v??rias passagens me marcaram demais, como as p??ginas 135-136...
De joelhos, com o rosto entre as m??os, e apoiado ao meu leito, revi-me crian??a e lembrei-me da transforma????o que nela se fez, em momentos, e com grande perturba????o de minha alma infantil, quando se deu a mudan??a da luz do g??s para a el??trica, em nossa casa. [...]
J?? observou a voracidade sinistra dos mendigos, em contraste desesperado com a sobriedade dos ricos? Conhece, com certeza, Sinh?? Coura “porque canto no c??ro” como explicam os nossos caipiras? J?? esteve com a mulher do “seu” Z?? J??lio, que tem um cranco enorme aberto em flor, a devorar-lhe a perna, “porque uma mulher de xale preto na cabe??a verteu ??gua atr??s da porta de seu quarto”? E Maria Alvim, que n??o pode costurar, porque a roda de sua m??quina de costura se p??e a gemer com a voz de seu marido? e a porta da C??mara, do lado esquerdo, que n??o se abre porque foi fechada por um fantasma? [...] Vivemos como sitiados, como prisioneiros que se entreolham, raivosos, pressentindo a chegada de uma desgra??a que n??o sabem qual ?? [...]