There's one thing I don't like about Rick Riordan's mythology-based books, and that is how he keeps on retelling and repeating mythology stories with his characters. It makes them look... dumb, kind of, because it's already happened before. I understand why he does it, mind you, but how is that effective in the overall story—although I'm not his target audience, am I? So who cares, really, and let's get to the review.
The Ship of the Dead was hella fun, as always. At the very beginning, I could not... remember things, though? from the previous book? Really, Magnus mentioned stuff and I was like, “has that really happened? was it like that?” So I guess I'm getting old, but soon we picked up speed, and everything was great. My favorite character for life, Alex Fierro, shined through in this one, and I was mostly happy with how their relationship with Magnus was developed, including a bonus kiss while Alex was presenting themselves "as a boy". Magnus and Loki's flyting was better than anything I could've imagined, and I might have teared up a little at that. This here is a great departure for a nice, fun series that will be missed.
Much like Cavendish's The Blazing World, this is more interesting than entertaining, and you probably shouldn't read it if you want something thrilling and/or adventurous. It does have, however, a plot, though it takes several chapters to get there. Some, if not most, of the social criticism is very current, and the prejudices presented in Abbott's fictional society reverberates with the prejudices we have today.
Guerra do velho é difícil de avaliar. Não por não ter qualidade, mas porque sinto que foi um livro mais... divertido do que objetivamente bom... dá pra entender? E não tem nada de errado com isso, de verdade. Claro que não posso falar da escrita do Scalzi, uma vez que li a tradução,¹ mas o enredo não é muito elaborado, e depois da metade as coisas ficam um pouco episódicas. Certa vez, me disseram que a história parece mais uma introdução — uma boa introdução —, e acho que é bem isso. John Scalzi criou um cenário e escreveu uma aventura nele, sem muitas pretensões. É uma leitura legal pra caramba, cheia de ação e de personagens bacanas, mas não vai muito além. E isso é okay. Tá tudo bem. Nas palavras de Lindsay Ellis, it's fine (ad nauseam).
¹ Que achei... formal demais pro tipo de história, mas segue o baile.

Uma iniciativa excelente na ficção especulativa nacional, a Revista Mafagafo garante, logo de cara, uma leva de autores com estilos e experiências variadíssimos, e acaba proporcionando uma leitura rápida e pra lá de bacana. Não posso deixar de mencionar os dois contos que, até agora e na minha opinião, foram os destaques desse primeiro grupo: Tons de rosa, da Fernanda Castro, e Pé de coelho, do Eric Novello — que acontece no mesmo universo de Neon Azul e tá aí pra me mostrar que a vida dá voltas. Ainda temos três partes pela frente, porém, então vamo que vamo.
Não sei se sou a pessoa mais indicada para resenhar livros políticos, mas estou passando por uma tentativa de estudar e entender mais sobre o assunto, então... o Manifesto. Vale dizer que, agora, quando peguei o livro no Unlimited, eu já tinha uma ideia do que esperar... já tinha conversado com outras pessoas e sabia mais ou menos do que ele se tratava, mas não sei dizer por quanto tempo eu imaginei que encontraria uma coisa completamente diferente aqui. Isso é bom ou ruim? É uma boa pergunta, mas devo dizer que é o que vejo em outras pessoas, também. Muitos criticam (ou defendem) sem saber do que se trata, muitos têm concepções formadas sobre o comunismo ou sobre a esquerda ou sobre Marx, mas não se dão ao trabalho de parar, ler e formar ideias autônomas (e, claro, essas ideias podem muito bem ser críticas ou contrárias ao que o movimento prega, mas pelo menos serão informadas).
No geral, é um livro interessante. “Interessante” é o termo usado por uma amiga para descrever o Manifesto, e agora estou pegando emprestado. Com (menos de) cinquenta páginas, é uma leitura que pode ser feita em uma tarde e traz informações importantes não só sobre o movimento comunista e seus ideais, mas também sobre o contexto histórico da escrita do livro. Acho que foi o que mais me chamou a atenção.
I feel this is a very didactic book. In Why I'm No Longer Talking to White People About Race, Reni Eddo-Lodge talks to reader, white or not, and patiently presents arguments and experience in a way that is easily comprehended. This book is a conversation—it's a discussion that has been happening for a while now, and one worth having, too. The information Eddo-Lodge brings may not be all-new for the people who have been watching and participating in this discussion, but still, this read would hardly be an empty one.
Needless to say, the people who feel offended by the title are the ones who need most to read this book.
Meu contato anterior com os contos e com o blog da Lady Sybylla já havia me preparado para Deixe as estrelas falarem, uma história que pode muito bem agradar fãs de ficção científica mais “tradicional” e popular — com espaçonaves e personagens audaciosamente indo onde ninguém jamais esteve — ao mesmo tempo em que traz o ar fresco das obras contemporâneas do gênero. Ainda que eu tenha achado algumas partes muito explicadinhas, não dá para dizer que a história da capitã da Amaterasu não deixa um gosto de quero mais. É um livro bem bacana e tranquilo, que demorei para ler porque não tenho vergonha na cara, mas que é mais do que recomendado para quem quer passar uma tarde de boa em meio ao espaço sideral da capitã do Momentum Saga — e quem não quer?
Esse livro foi uma montanha-russa deliciosa. Explico: montado a partir de entrevistas com 52 autores de ficção especulativa — alguns mais conhecidos; outros, menos —, A fantástica jornada do escritor no Brasil serve tanto como um choque de realidade quanto como uma fonte de esperança para quem o lê. Não se trata de um manual ou livro técnico. Não é um livro sobre escrita, mas sobre a profissão do escritor. Os entrevistados discutem experiências e inseguranças, prós e contras, e o resultado é um trabalho conduzido de forma primorosa, uma excelente apresentação para todos os interessados no ramo.
Apesar de não ter sido escrito para uma pessoa como eu, que já tem certo conhecimento sobre a maior parte do que é discutido aqui, De A a Z é um “manual” sólido que cumpre o que promete: apresentar ao escritor novato conceitos importantes dentro da profissão de escritor. O formato de abecedário facilita muito a leitura e instiga a pesquisa, sem dar muita coisa de mão beijada.
Todas as cores do Natal é uma coletânea mais fofa que a média. Produzida pelos autores da Agência Página 7 como uma maneira de divulgar e enaltecer históricas com diversidade LGBTQIA, ela traz contos trabalhados de forma a mostrar uma variedade de personagens diversos, o que vai de encontro ao que costumamos ver em obras do gênero — que muitas vezes parecem tratar apenas de personagens cis gays e/ou lésbicas. Isso foi o que mais me agradou, na verdade. É claro que também gostei dos contos em si, são quase todos muito bacanas, mas ver essa representatividade toda deixou meu coração quentinho para as festas de fim de ano.
Parando para pensar, o melhor tipo de releitura é a rápida, que bate forte numa onda de pseudonostalgia e provoca tudo quanto é tipo de pensamento ao mesmo tempo. Até o dia em que o cão morreu continua uma leitura gostosa, curtinho como é, ainda mais na narrativa direta e sem travessões do Galera, mas dessa vez acabei refletindo mais sobre alguns aspectos do livro. É engraçado pensar que me peguei tendo (tenho certeza) alguns dos mesmos pensamentos que tive durante primeira leitura—mas minha memória é horrível, vai.
Não é meu preferido, mas continua sendo a recomendação principal pra quem quer conhecer o estilo do autor.
Depois do que pareceu uma eternidade para ler um livro tão curto, terminei. E... bom, vamos lá. Eu consigo entender o appeal e a importância de Fahrenheit 451, é claro que consigo. O que não entendo é como eu nunca tinha ouvido falar sobre o posicionamento do autor em relação a movimentos sociais e minorias, uma posição que ele deixa bem clara não apenas no decorrer do livro — quando praticamente culpa o “mimimi” desses movimentos pelo início das queimas de livros —, mas também, na edição que li, num texto chamado Coda, em que ele disserta sobre várias mensagens que recebeu, pedidos para que altere a situação de mulheres, negros e outras minorias em suas histórias. A conclusão de Ray Bradbury é a seguinte:
Mas a face dos meus livros ou dos meus contos ou poemas é onde seus direitos terminam e meus imperativos territoriais começam, correm e comandam. Se os mórmons não gostam das minhas pecas, que escrevam as deles. Se os irlandeses detestam meus contos em Dublin, que aluguem máquinas de escrever. Se os professores e os editores das escolas elementares acharem que minhas frases quebra-queixos partirão seus dentes-de-leite, eles que comam bolo rançoso embebido em chá diluído da sua própria maldita produção.
Calling this book cute wouldn't make it justice. Simon vs. the Homo Sapiens Agenda is cute, yes, but it's also very fun and relatable, and sweet in a puppy lovey way. It's a quick read, also—it took me just one night to read the whole thing! I fell deeply in love with most of the characters, and the ending—though predictable and somewhat clichéd—payed off.
Knowing Blue was Bram did kind of take away part of the fun, though. But anyway: great read.
Tentando voltar a ler o Sítio. Bem, esse foi bem chato. Fica a menção honrosa pelo valor histórico — não acho que as crianças de hoje em dia conheçam Hans Staden, então vai — e pelo valor geral da série. A demonização dos índios é bem menor do que eu esperava, e achei engraçado como a narrativa seguiu sendo interrompida várias vezes, ainda que sem um propósito óbvio para isso — uma tentativa de cliffhanger, talvez?
Eu costumo dar três estrelas pra coletâneas assim, com vários autores. Não por nada, mas a qualidade e os estilos geralmente variam demais, e três estrelas são um ponto ali, mais ou menos no meio. Liked it. Esta coletânea, Qualquer clichê de amor, não foge muito disso: tem contos bacanas, outros mais medianos... e tem o último conto. O último conto, Quando gira o mundo, merece todas as estrelas.
Recomenda-se a leitura ao som das trilhas da Malhação do começo dos anos 2000, grandes marcos nas vidas de todos nós.
Dos quatro textos presentes na coletânea, gostei muito de dois, e esta nota é mais para esses do que pros outros. A escuridão, de André Carneiro, noveleta publicada 32 anos antes de Ensaio sobre a cegueira, já trata de uma forma bem legal sobre essa ideia da humanidade acometida por uma cegueira sem explicação, enquanto A nós o vosso reino, de Finisia Fideli, é um exemplar da ficção científica “mística” vista na produção brasileira do século XX (encontrei isso também em Comba Malina, de Dinah Silveira de Queiroz). Quanto às outras duas histórias, fiquei um pouco decepcionado, e não consegui nem terminar de ler uma delas, mas segue o baile. Recomendado para pessoas que querem conhecer mais sobre a FC nacional.
I thought I'd hate the artwork, but it feels... right, I guess? I don't know, it fits. As for the story, well, it's Jeffrey Dahmer (fun fact: I didn't know it was Jeffrey Dahmer until today... I thought this was a fiction story... maybe based on something... I'm... sigh), but in a different, bizarre, sad light. Sad is certainly the keyword here. Could Dahmer have been saved? Could serial killer Jeff Dahmer have had a different life under other circumstances? Maybe. We'll never know.
This is... disturbing.
Por bem ou por mal, coletâneas de autores diferentes acabam sendo um balaio de gatos. O segundo volume do Universo desconstruído é, no geral, mais fraco do que o primeiro, mas os pontos fortes desse livro são muito fortes. Esses pontos são, é claro, Corpo escuro, da Jarid Arraes, BSS Mariana, da organizadora Lady Sybylla, e Boneca, da Clara Madrigano.
Mas notas à parte, preciso dizer que a mera existência dessas coletâneas já me deixa muito feliz, e poder ler contos diversos e brasileiros de ficção científica é sempre válido. Fico no aguardo de uma terceira.
I'm so proud of my son Nate Foster, y'all. This book was every bit better than its predecessor—which isn't a bad book, not at all, so there's that. Tim Federle has something really special in Five, Six, Seven, Nate!, and I truly can't wait for the next one. Also, yay for gay romance!
I missed Freckles though. I think I understand why he wasn't there, plot-wise, but I missed him all the same.
“its a deal.”
“its a deal”
“it's a... date i meant.”
“me too”
How interesting is the experience of reading a book so iconic it inspired lots and lots of the works you read and watch and like on a daily basis? Dune is... an experience, there's no other way of putting it. It is an experience. It took me a good while to get into it, too—200 pages or so—, but I could finally reach a point where all I could think about was Dune. I certainly can understand why it's a classic, and I can't wait to read its sequels—well, actually, I can... I'll probably wait a while.
Do you know what I really want to do, though? Watch SyFy's Frank Herbert's Children of Dune with James McAvoy. Yes. Thank you.
Ainda que eu tenha me apaixonado pela(s) história(s) dos meninos num todo, o que me encantou mesmo foram a narrativa do Jorge Amado e a construção do romance. Nunca tinha lido nada desse autor, e fiquei maravilhado com essa espécie de delicadeza crua, esse jeito todo próprio de apresentar a história ao leitor. As vidas dos Capitães, contadas em episódios curtos dentro de cada uma das seções do livro, são poéticas, cruéis, pesadas, bonitas, tudo ao mesmo tempo.
Como acontece frequentemente com grandes obras, Capitães da Areia se mostra de uma atemporalidade impressionante e, tratando dos temas que trata, não me impressiona o impacto que este livro teve em 37.
[...] Omolu apareceu com suas vestimentas vermelhas e avisou a seus filhinhos pobres, no cântico mais lindo que pode haver, que em breve a miséria acabaria, que ele levaria a bexiga para a casa dos ricos e que os pobres seriam alimentados e felizes. Os atabaques tocavam na noite de Omolu. E ele anunciava que o dia de vingança dos pobres chegaria. As negras dançavam, os homens estavam alegres. O dia da vingança chegaria.