Quando li Cinder me surpreendi que o livro era melhor do que eu imaginava. Scarlet se mostrou um livro ainda melhor. Em Cress eu me apaixonei por todos os personagens e a história ganhou um novo nível e dai veio Winter.
Winter é um livro mais do mesmo, que parece com qualquer final épico de qualquer distopia juvenil.
Acho que minha expectativa era muito alta.
Gosto de livros com uma boa histórias e personagens ainda melhores, e até o penultimo livro (Cress) foi o que essa série me entregou.
Em Winter temos uma história OK com personagens apagados (com exceção da Cinder).
Winter não é ruim, só estava abaixo das minhas expectativas
(estou engolindo nesse review uma série de defeitos que esse livro tem)
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Primeiro review
O livro terminou como deveria ter terminado, mas foi inflado demais. depois da 82601x que se seguiu o padrão de “execução de plano, falha, improviso, separação do time, vitoria, reencontra de parte dele, tentativa de execução de plano.....” eu já estava exausta.
Foram 800 páginas criadas apenas para criar um nervoso e fim.
meh
eu definitivamente não esperava que fosse gostar tanto desse livro!
peguei essa serie por vontade de ler algo meio ruim. Fui cheia de preconceito, e encontrei uma história muito divertida e bem balanceada. Furos no plot têm, e coisas mal explicadas tem também, mas diante de tantas outras qualidades, é fácil ignorar os defeitos.
sabe aquele YA distópico que tem um plot maravilhoso, cheio de ação e planos mirabolantes que parecem que não vai dar certo mas dá? essa serie têm.
As vezes em algumas séries o plot é ótimo, mas parece que a autora foi obrigada a jogar romance e fica anti natural. Isso não acontece com as cronicas lunares.
Em outras séries a história épica é esquecida pra dar lugar a um romance, e isso também não acontece nessa série.
ele faz juz a um penúltimo livro de uma série. a história é inteira uma preparação pra algo épico que irá acontecer no último livro.
A personagem que da nome ao livro virou a minha predileta da série. Não achei que ia gostar tanto de uma mocinha tão ingênua, que se considera uma donzela em perigo (mas com inteligência e habilidade pra desestruturar todo um império).
enfim, ganhou meu troféu surpresa do ano.
Dito isso, parti Winter
Me senti lendo um J-RPG!
Esse livro tem:
- Mocinho Berseker
- Mocinha gunner
- Piloto ladino (mocinho do próximo?)
- (Além da mocinha ciborgue do livro anterior)
- (Ainda acho que vai entrar um paladino nessa party)
Além dessa party tem:
- Mocinhas que não precisam ser salvas (99% do tempo, anyway)
- Aventura
- Romance
- Twist de histórias familiares
Peguei esse livro esperando por uma leitura ruim, cheia de romance barato e ó, me surpreendi!
Gosto que ela não tenta esconder nem um pouco que é um livro baseado em histórias que já conhecemos (gente, a mocinha desse livro está em busca da avó desaparecida, se chama scarlet e o mocinho se chama wolf)
Só consegui terminar esse livro depois de ver na Wikipedia como termina a história. Não tive nervos suficientes pra lidar com tudo isso.
Se não fosse pela wiki, eu teria dado 2 estrelas. Depois dela, tá mais pra 3.5
O forte desse livro está no estilo de escrita, que é baseada na encheção de linguiça usada de forma metódica e bastante calculada, nos momentos certos pra nós provocar sentimentos diversos.
Se o protagonista (Theo) está nervoso esperando algo, são páginas e mais páginas que descrevem como ele resolveu lavar um terno na banheira sem muito sucesso.
Se theo está apreensivo aguardando algo, são 50 páginas descrevendo com detalhes todo o nada que o theo fez enquanto esperava.
Nós ficamos genuinamente nervosos, preocupados e angustiados com o theo.
Não sei se indico o livro como firma de diversão e entretenimento, mas acho importante ler se você se importa com técnicas de escrita.
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Edit: horas depois que terminei o livro fiquei ruminando os defeitos, lendo reviews, achando mais defeitos e baixei a nota desse livro.
Sua narrativa arrastada não serve apenas para nós deixar ansiosos, mas também para esconder uns vários furos no enredo.
Durante muitas partes eu conseguia ver o esforço da autora de mostrar para todos que ela era a melhor do mundo. Eu conseguia imaginar o rosto da autora escrevendo, e isso não é bom, né? Quando o livro é bom ele deve ganhar vida própria.
Esse livro tem 5 estrelas não por que foi o melhor e mais bem escrito livro da literatura mundial.
Ele tem 5 estrelas por que me pegou, me conquistou e ó, vou amar esse livro durante muito tempo.
Esse livro é, pra mim, o cowboy bebop do romance YA.
Em um passado remoto eu curtia muito anime. Anime era algo tão difícil de conseguir, que qualquer um que aparecia era lindo e maravilhso. Eu amava todos!
Isso aconteceu até Cowboy bebop aparecer.
Cowboy bebop era tão superior a todos os outros, que tudo virou lixo automaticamente.
Passei alguns vários anos sem assistir anime graças a maravilhosidade de Cowboy bebop.
Carry on tende a ser o meu cowboy bebop de YA.
(Ok, vamos ser justos aqui. Rainbow Rowell é meu cowboy bebop.
No meu coração, tudo que ela escreve está vários níveis acima dos outros romances YA)
Gostei tanto do livro que precisei parar em várias partes por estar bom demais, e eu não me sentia suficientemente confortável (e preparada) pra aproveitar toda aqueles sentimentos bons de forma plena.
Gostei tanto do livro, que estou revendo todos os livros que eu dei 5 estrelas e fazendo um downgrade.
Gostei tanto do livro que o meu (ex)predileto dessa autora passou de “meudeus que super maravilhoso” pra “eh, just ok. Tem umas partes maravilhosas, mas de resto é apenas ok”
Pra falar do que se trata Cary On eu preciso falar primeiro de Fangirl, outro livro da autora (mas você não precisa ter lido Fangirl para ler Cary on)
Fangirl conta a história de Cath, que é uma garota tímida e anti-social que passa os seus tempos livres fazendo uma fanfic (chamada Cary On) da maior série de fantasia da atualidade: Harry Potter Simon Snow.
O oitavo e último livro da série está pra sair, e Cath corre pra finalizar sua fanfic.
No Simon Snow “original”, Simon termina com sua namoradinha, e seu maior inimigo, o Draco Baz, é derrotado.
Na Fanfic da Cath, o Simon e o Baz se apaixonam.
Cary On não é a fanfic da Cath, mas conta o final de uma saga épica no qual o The Chosen One e o seu maior inimigo se apaixonam enquanto precisam acabar com o grande mal que ameaça a comunidade mágica.
Os primeiros 30% do livro são um tanto cansativos. A Rainbow Rowell precisa fazer toda uma construção de mundo e nos contar tudo que aconteceu nos anos anteriores ao livro.
O começo é uma grande comparação com Harry Potter. Quando tudo começa a engrenar e começamos a absorver todo esse mundo, a história da umas engasgadas porque caimos em mais outra comparação com Harry Potter.
Essas comparações vão ficando cada vez mais espaçadas até o ponto que o livro da uma guinada, ganha vida própria, as comparações com Harry Potter acabam e vira um genuino livro da Raibow Rowell. É quase como aprender a dirigir.
No começo você mal consegue ligar o carro, depois ele pula bastante, c tem umas frustrações e em algum tempo você está dirigindo em estradas. (a diferença é que cary on é melhor que dirigir)
O Forte da Rainbow Rowell são os personagens defeituosos (e reais), suas descrições maravilhosas de pessoas, e a construção e evolução de relacionamento entre personagens (seja amoroso ou amistoso).
Nesse livro ela deu o seu melhor em todos esses três itens.
O desenvolvimento do relacionamento entre o Baz e o Simon é muito bem feito e é fácil se apaixonar por ambos.
O Amizade entre o Simon e a Penny também é muito bem escrita. Costumamos a ver sempre o desenvolvimento de relacionamentos amorosos primorosos, mas uma amizade sólida é algo raro de encontrar.
Não consigo dar outra nota além de 5. Nesse momento estou voltando pra reler os capitulos favoritos <3
Sentirei muita falta desse livro :'
Achei que estava cansada de histórias sobre Apocalipse, mas a idéia de uma protagonista atriz de uma sinfonia itinerante no meio do Apocalipse me fisgou (sim, era um sinfonia e companhia de teatro).
A narrativa é bastante fragmentada. Alguns capítulos é falado do mundo pré apocalíptico, outros falam do pós Apocalipse e outros se passam durante o Apocalipse. (ponto positivo pra mim. Tenho uma queda por narrativas quebra - cabeça)
As vezes a trama se passa do ponto d vista de Kristen, que tinha 8 anos quando a gripe da Geórgia matou 99% da população mundial, a vezes do ponto de vista de Jeevan, ex-paparazzi, ex-repórter de celebridades e estudando para ser paramédico que recebeu em primeira mão a notícia da pandemia que estava a caminho, e as vezes os pontos de vistas são das pessoas que rodeiam a vida de Arthur, um ator decadente que morre de ataque cardíaco no dia 0.
Apesar do tema pesado, o livro é leve, a leitura é fácil e deve ficar marcado como uma das melhores histórias que li em 2016
For darkness shows the stars é uma releitura distópica e juvenil do meu livro predileto, persuasão.
Ele conta a história de um futuro que a ganância tecnológica e alterações genéticas condenaram toda uma população, fazendo com que (quase) todo mundo tivesse seu QI reduzido pra quase nada.
Quem sobreviveu a essa tragédia foram os puristas(Ludities), aqueles que acreditavam que modificações genéticas iam contra a vontade de Deus e se opuseram as elas. (inclusive eles acham que o que aconteceu aos cientistas e inventores foi castigo de Deus)
Esses puristas resolveram que era dever deles cuidar de todo mundo que teve seu QI reduzido. (aka escravizaram esse pessoas tudo)
Mas onde entra persuasão nessa história?
Depois de algumas gerações, alguns reduzidos passaram a ter filhos de QI normal, e uma dessas pessoas é o nosso mocinho Kai Wentforth.
Wentforth é neto de um reduzido e trabalha desde sempre como mecânico nas propriedades dos Norths, família “pura” da protagonista, Elliot.
No começo do livro eles tem 18 anos e, 4 anos atrás o kai fugiu e pediu para Elliot ir com ele, e ela recusou. Agora ele está de volta.
O livro tem tanto problema, que não sei por onde começar (também não sei se quero gastar tanto tempo falando de algo que não me agradou).
Vou resumir pegando um exemplo de outro review que li:
É como ouvir a versão forró daquela música dos Beatles/Michael Jackson/Beyoncé (deu pra entender meu ponto)
Muita gente vai gostar, mas se você já ouviu e gostou do original, só dói no coração.
Tentei ler e avaliar esse livro por si, ignorando o fato que era uma RELEITURA de persuasão (impossível) e mesmo assim não rolou. Tentando olhar de forma independente, tive problemas com os personagens, com o plot, com a crítica que tentaram fazer, como a escrita, com a forma que o mundo foi construído e com a forma que nos foi apresentado esse mundo.
Parei de ignorar que era uma releitura e voltei pra comparar pra ver se alguma coisa se salvava, e consegui tirar pontos positivos:
Gostei que houve um certo desprendimento da obra original. Talvez ficasse insosso se fosse muito parecido.
Achei corajoso da parte da autora fazer algumas modificações no elenco, condensando vários personagens em um, e eliminando outros. Não temos Lady Russel, nem Henrietta, nem Marry e etc. Ela adequou os personagens para servir ao seu plot e isso funcionou bem. (em partes)
Também houve adequação aos costumes da época. O que estava datado foi retirado e outras coisas foram acrescentadas (já que hoje não há problema algum deixar ou mocinhos sozinhos. Nesse livro eles se esbarram e conversam!)
Gostei também que o autora resolveu dar o seu próprio final aos personagens! Elliot, por ex, teve um final mais próspero que a Anne.
Enfim, li (e terminei) esse livro pela curiosidade, mas não indico pra uma única alma.
Edit: escrevi o textão acima pelo celular, então devem ter 200 erros que deixei passar
e aumentei a nota de 2 pra 1 estrelinha por ter percebido que, apesar deu ter detestado quase tudo nesse livro,a autora fez um trabalho competente na releitura. Ele é diferente e similar ao orinal assim como Clueless e Bridget Jones são
Esse é uma opinião sobre a série inteira e não apenas sobre o volume #18 ok?
A História é um tanto bobinha, mas talvez eu não seja o público alvo.
A HQ conta a história de 5(+1) amigas em um acampamento de verão. O twist é que elas sempre esbarram em entidades sobrenaturais e precisam usar trabalho em equipe + força/esperteza/inteligencia para sobreviverem.
O ponto alto é a forma que a Noelle Stevenson fala sobre amizade feminina e girl power :D é tudo muito parecido com as amizades que eu tive, com mais companheirismo, menos “amizade de mulher não da certo, por que são todas bitches”
Os personagens são ótimos! Tem adolescentes com todo tipo de corpo e personalidade. tem ruivas, loiras, morenas, negras, baixinhas, gordinhas, magrelas, altas e por ai vai.
O ponto fraco é a história, muitas vezes sem pé nem cabeça. Alguns “mistérios” são jogadas na cara das meninas, não há muito questionamento sobre esses mistérios e da mesma forma que eles vieram, eles são resolvidos e fim. Nada sobre sua origem é questionado
Em alguns arcos esses mistérios possuem começo meio e fim, com um final meio insatisfatório (pra mim) e cabô. Partiu próximo mistério
Só na edição #17 é que as personagens começaram a parecer intrigadas com todas essas coisas estranhas acontecendo e, consequentemente, me deixaram intrigadas também.
O livro estava ótimo.
A autora conseguiu me vender que uma Cinderela ciborgue que trabalha como mecânica era uma boa idéia. O livro tem alguns problemas que deixei passar sem dificuldades. Comprei a maioria dos personagens, e achei um ótimo livro pra faixa etária que ele se propõe (16?), inclusive acho que é um ótimo presente, e daria sem medo para minhas primas mais novas.
O único (grande) problema é como o livro é bem bom até uns 85% e depois disso é só downhill e ele vira uma bola de neve de decisões erradas.
CAUTION: This review is in portuguese
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Informação do livro:
Gênero: Aventura / Fantasia / Humor
Nível de Leitura: Crianças e adultos. O livro possui grandes aventuras (como diz o titulo), que agradará os mais novos, mas possui aquele tipo de humor subliminar que passa despercebido pelos menores e agradam os mais velhos (é como assistir a hora da aventura)
Recomendado para: Pessoas que não se levam a sério / Pessoas que gostam de aventura / Pessoas que não se importam com clichês.
Observação: Esse livro estava na minha wishlist faz 500 anos. Tive um pouco de preconceito pra começar, e quase o tirei da lista umas várias vezes. Feliz da vida que resolvi não fazer isso e dar uma chance.
Sinopse: Durante uma crise de pneumonia do pequeno Willian Goldman, seu pai resolveu ler para ele “The princess bride: A Classic tale of true love and high adventure”, e esse livro marcou sua vida.
Depois de adulto, Goldman resolve presentear seu filho de 10 anos com esse livro, e descobre que a história não é o que o seu pai tinha lido pra ele na infância. Na verdade, o livro era insuportável, e seu pai tinha escolhido ler apenas as melhores partes.
Depois dessa decepcção, Goldman resolve fazer o que qualquer autor sensato faria: republicar o livro cortando todas as partes chatas, e publicar apenas aquilo que fez com que ele amasse tanto o livro na sua infância.
The princess Bride conta a história da princesa Buttercup, a moça mais bonita do mundo, seu amor pelo Willian (ou “the farmboy”) e seu casamento dom o principe mais poderoso do mundo.
Copiando e Colando um trecho do livro, que é a melhor defição o que é(tem em) The Princess Bride:
“Fencing. Fighting. Torture. Poison. True Love. Hate. Revenge. Giants. Hunters. Bad men. Good men. Beautifulest ladies. Snakes. Spiders. Beasts of all natures and descriptions. Pain. Death. Brave men. Coward men. Strongest men. Chases. Escapes. Lies. Truths. Passion. Miracles.”
Opinião:
o primeiro motivo foi o começo: não entendi a importancia dele falar da familia "defeituosa". O autor gasta algumas páginas falando de como o filho dele é gordo, de como a mãe deixa ele fazer tudo que quer, e de como ele não ama a esposa, nem a familia. No final, isso não reflete em nada de nada no decorrer da história
o segundo motivo é o final (eu não vou contar o final aqui :P). Não costumo a reclamar de finais, e achei que o livro a cabou da melhor forma possível, mas definitivamente não gostei a forma que o final foi escrita. Se o autor gastasse mais uns 3 parágrafos, ia melhorar bastante talvez eu não tivesse essa reclamação (mas quem sou eu na fila do pão pra falar o que o autor deveria ou nao escrever?)
This review is in portuguese, since is easier to me. but I plan to translate it latter (:
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Informação do livro: Gênero: Fantasia/Humor
Nível de Leitura:Se você consegue ler Harry Potter, você consegue ler a luz fantástica.
Recomendado para: Pessoas que gostam de fantasia, e de autores que não se levam a sério.
Observação: Peguei esse livro quando estava em busca de uma leitura leve e divertida para um periodo de mau humor. Acertei na mosca
Sinopse: A luz fantástica é o segundo livro da série discworld uma continuação direta da cor da magia.
Um feitiço escapou do livro mais poderoso da universidade mágica, e o futuro do discworld está nas mãos do Ricewind, um mago covarde que nunca conseguiu soltar uma única magia. No livro o Ricewind está acompanhado do Twoflowers, o primeiro turista do disco, e sua bagagem mágica, que possui vida própria.
Opinião: Como toda a série discworld, achei o livro é divertidissimo. A leitura é leve e o ritmo é acelerado, o que me ajudou a devorá-lo em apenas um dia.
Tanto esse livro quanto o antecessor são a porta de entrada para a série de Pratchett, e mostram um pouco de todo o discworld. Talvez por esse motivo, a narrativa seja um tanto acelerada, e pouco aprofundada. Pratchett mostra toda a mitologia do discworld em poucas páginas ao colocar e tirar os protagonistas em trocentas situações diferentes em pouquissimas páginas. Se em uma página eles estão envolvidos com druidas, na outra eles visitam a morte, para na página seguinte se envolverem com trolls.
(Acredito que Pratchett também viu isso, já que o próximo livro da série é o primeiro de um arco focado em um grupo do discorworld, as bruxas)
O humor é o ponto alto do livro (e foi bem aprimorado nos próximos livros da série). Tipicamente Britânico, com muito sarcasmo e humor negro.
Para quem gostou do primeiro livro da série, esse livro deve estar na sua lista de prioridade de leituras (e caso você não esteja lendo cronologicamente, “Guardas! Guardas!” também precisa entrar para a sua lista com ugência).
Para quem nunca leu a série, você deveria começar pelo seu antecessor, ou ficará um pouco perdido.
Para gostar desse livro, o ideal teria sido me colocar ali, em 1847.
Não consegui fazer isso e por isso não consegui gostar.
Durante toda a leitura só consegui pensar como todo mundo ali era babaca, Jane Eyre meio trouxa e os homens que se envolveram com ela eram, no mínimo, grandes FDP.
Entendo que é coisa de época, mas não consegui não me chocar que ninguém ali entendia que não é não, que se deve tratar qualquer ser humano com o mínimo de respeito.
Durante boa parte do livro, os seus pretendentes amorosos a tratavam mal, e sua resposta era “estou certa que ele não fez isso por maldade, mas por questão de principios. Ele é uma ótima pessoa”
Depois que ela descobriu que (algo muito horrível sobre o mocinho) no dia do seu casamento, o até então noivo, era casado e trancava a própria esposa no sótão e por isso não haveria mais casamento. ela ficou se culpando, pensando que o pobre do mocinho devia agora odiá-la.
Em outro trecho, ele sugeriu algo que poderia manchar sua reputação que jane virasse sua amante, o pensamento dela foi “omeudeus, se eu recusar ele vai ficar muito triste”
O ponto alto dessa história foi contar a história de Jane Eyre, uma órfã em busca da independência e como ela consegue ser dona de si naquela época.
Enfim, Rachel de 2017 acredita que até os últimos 98% do livro, Jane só conseguiu se envolver com babacas abusivos, e por isso não conseguiu apreciar uma obra de 1847 como uma obra escrita em 1847
(se você conseguir fazer esse desprendimento, provavelmente vá gostar bem mais que eu)
Quero dar 5 coraçõezinhos ao invés de estrelinhas. Cadê uma extensão pra fazer isso?
❤❤❤❤❤
Releio esse livro de tempos em tempos por ser meu favorito. Entre uma leitura e outra, tem pelo menos 20 livros lidos no meio (o que me torna uma leitora um tico mais madura entre uma leitura e outra).
Cada vez que releio consigo encontrar algum defeito novo, mas cada vez que releio também encontro mais qualidades.
Nessa releitura percebi como a maioria dos personagens são bidimensionais (estou olhando pra toda a família da Anne em especial. Mr. Elliot, isso é com você)
Tambem percebi o porque de, apesar de amar esse livro, não recomendar como uma primeira leitura das obras da Jane austen: você precisa ter muita confiança na autora pra conseguir sobreviver a primeira impressão da Anne do começo livro. Ela é tipo o patinho feio. Passa o começo do livro se sentindo na merda, como a pior pessoa do mundo, pra depois ganhar auto confiança e perceber o quão incrível ela é.
O Wentworth também ganhou o posto do mocinho da austen predileto por ser o mais humano e realista.
Nessa releitura consegui perceber melhor o quanto esse livro é bem escrito (mesmo com a tradução porca que peguei). Como ela consegue mostrar toda a dinâmica entre as 3 irmãs elliot em um pequeno parágrafo de 3 linhas.
Essa releitura só reforçou esse livro como o meu predileto. Pode não ser o melhor livro do mundo, mas é pra ele que eu sempre volto quando procuro sair de uma ressaca literária ou simplesmente me sentir mais felizinha.
(vou roubar na minha nota do goodreads e deixar mais 5 corações ❤❤❤❤❤)