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A louca da casa é, mais ou menos, uma autobiografia, mas não deixa de ser, também, um livro sobre a arte de escrever e sobre escritores. Nesse aspecto, ele se assemelha bastante ao meu querido Sobre a escrita, do King, embora seja absurdamente diferente em outros. Enquanto Stephen King criou uma obra indubitavelmente autobiográfica e, de certa forma, técnica, na qual fala da escrita como ferramenta, profissão e prática, Rosa Montero cria uma autobiografia fantasiosa, que pode ou não ser verdade — vide as três vezes em que narra o encontro com o misterioso M., todas diferentes entre si —, e fala da escrita como arte, como uma capacidade que vive dentro de cada ser humano, como uma necessidade, mesmo. Montero também discorre sobre vários autores consagrados, fala sobre suas vidas e obras, joga luz sobre aspectos menos populares de suas personalidades; ela fala de feminismo, fala de experiência, fala da vida. Estou apaixonado por este livro. Recomendo-o, sobretudo, a escritores, mas não hesite em lê-lo se surgir a oportunidade; alguma coisa dele vai ficar com você, tenho certeza.