Amigos, amores e aquela coisa terrível
Amigos, amores e aquela coisa terrível
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Eu conheci o Chandler bem antes de “conhecer” o Mathew. E, até hoje não sei porque, não gostei à primeira vista. Todo o conceito de Friend não me chamava a atenção. Achava o Ross um machista tolo demais; Joey, demasiadamente burro; Monica, perfeccionista demais; Phoebe, perdidamente exotérica; Rachel, tão rasa quanto uma poça; e o Chandler... Era tão estranho. Vi a primeira temporada me esforçando há uns 4-5 anos atrás pela primeira vez. Detestei. Muito fofo. E irritante na maioria das vezes.
E, no ano passado, depois de anos na disputa de HIMYM > Friends, uma amiga me convenceu a assistir novamente... Não teria paciência pra reiniciar, então, parti da segunda temporada. E eu deveria ter começado desde a primeira. Alguma coisa mudou no jeito que eu assisti. Ria facilmente, achava os personagens tão distintos entre si e justamente o mais peculiar deles foi com que eu mais me identifiquei.
Ano passado, enquanto o Matthew Perry ainda estava vivo, a mesma amiga comentou sobre “aquela coisa terrível”. Criei certa afeição maior por causa disso e depois de ler o livro isso só aumentou.
Há tanto de Chandler no Matthew que é quase impossível distingui-los. A principal diferença se encontra que Chandler conquistou as coisas que Matthew sempre quis. E isso é mencionado diversas vezes durante o livro, com sarcasmos e piadas a soltas para tentarem aliviar o clima. Chorei em alguns trechos, mas, felizmente, ri muito mais. A sessão de fotos com os comentários dele é incrível. As diversas referências a cultura pop deixam qualquer nerd se identificar fácil.
É impossível depois de terminar a leitura e assistir a Friends sem notar no peso ou na presença do cavanhaque, tentando adivinhar o que estava se passando com o Matthew durante as gravações.
Sem mais enrolações, é um excelente livro. Recomendaria até mesmo para quem não é fã de Friends. Principalmente, por abordar como a dependência química é uma questão de saúde pública e não uma mera escolha individual. Para finalizar de um jeito que só Matthew/Chandler faria:
“Um dia talvez você também receba o chamado para fazer algo importante, então se prepare.
E, quando isso acontecer, pense: O que o Batman faria? E faça.”