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3,5 estrelinhas, mas quase um favorito pela levesa
Sabe que filme sessão da tarde que é gostoso de assistir, repleto de momentos girl power, realização pessoal e te deixa com aquele sentimento de “finais felizes são possíveis”? É este livro.
Não é uma obra-prima mas é uma leitura descontraída - tirando alguns erros da edição em português (erros de digitação e falta de revisão que me fizeram desesperadoramente querer comprar a versão em inglês) e a necessidade de correr ao Google para entender o humor britânico e as muitas referencias que eu não sacava para tornar tudo mais engraçado.
Mas entender Aureliana e estar na pele dela - desde seu momento super Carrie, a estranha até a UCL - deixa a leitura muito mais viva e triste. Principalmente quando o leitor tem uma vida similar.
Houve alguns momentos em que quis atear fogo em tudo. Como no começo, com James chorando por Eva. Na boa. Nenhuma mulher gosta de ficar lendo as lamúria destes homens de mentalidade fraca que se apegam a uma mulher megera e fria - sim, somos todos feministas, e sou super a favor de homens chorarem, fazerem cena com cerejas no topo se for preciso... Mas concordemos que todas conhecemos uma mulher que é biscate grossa, com profundidade psicológica de uma ervilha que os homens a tratam como musas como se estas possuíssem pepeca de ouro. Sim, essa é Eva. Para ele então descobrir que nunca a amou de verdade... E o fim do casamento era a melhor solução.
Mas fiquei grata ao perceber que isso também foi um instrumento para o crescimento individual do personagem. E confesso: ele é aquele crush fácil, bem fácil de se ter em qualquer livro.
A forma que as personagens se envolve é natural, bem próximo da realidade fora do livro como dois bons amigos se aproximam.E o fato de as personagens não perderem sua individualidade, como ocorre em muitos romances água com açúcar, foi o mais bacana da construção até o final.
Incomodou um pouco apenas algumas atitudes e discursos em alguns capítulos pois, na minha cabeça, eu me esquecia facilmente de que eles estavam com 32 anos e não 20 e seus quebrados...
Ri ALTO em muitos momentos com a sagacidade das observações (quando bem construídas). E confesso que as adaptações para o português... Tiveram umas ótimas!! SEGURA O FORNINHO
A relação da família Alessi é como assistir uma conversa em casa. Porém ainda acho um pouco revogável essa mania de o povo não ter mais que três amigos fiéis que não queiram te comer num círculo de amizade - ainda mais depois que a pessoa em questão deixa de ser a Mama Brusqueta para uma quase Kardashian italiana modesta. Por que não podemos ter mais Brandon Sandersons por ai que escrevem quinze personagens numa história só e que você se apega a todos pois todos são bem construídos individualmente? Pois é.
Confesso que estou me retaliando um pouco por gostar da leitura e até cogitar uma releitura futura, mas acho que todos temos nossos guilt pleasures e ler sem muita crítica um livro que preencheu meu sábado de sol tão alegremente... pode ser tomado como uma atitude natural da vida hahahaha.
Sou péssimas para terminar textos e me diverti lendo. Ponto.