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4★
Falei que a autoria tinha escolhido um tema (para a redenção do par romântico) muito delicado.
Não estou com o mesmo desespero para ler esse livro que eu tive com Brazen and the Beast.
Meu primeiro comentário fatalista: vai ser MUITO difícil ela remendar as atrocidades que Ewan fez.
Estou com uma leve, leve mesmo, sensação de que ela dirá que tudo que ele fez foi para afastar o pai deles de perto.
Mas ainda assim. Essa forma de amor não é saudável. Nem nunca será.
O primeiro comentário positivo que tenho é: ela é dona de um Magic Mike XXL. É a Rome que sabe lutar.
Como o Anjo Caído, temos um evento - dominium - para despertar os sonhos de todos, com o tema de circo. Poderia ter mais do Pandemônio da dahlia que eu leria com grande alegria.
E por mais livros fantásticos de Amazonas do submundo, gerentes, assassinas, seguranças, espiãs, tudo que há de mais ousado.
Se passou um ano. Isso é novidade
Quando terminei:
Não foi igual ao volume do Whit.
Porém...
A evolução na escrita da autora é algo notável.
Muitos dos padrões seguem, como ordem de cenas, aquela negação ao óbvio, coisas que podem ser resolvidas facilmente dizendo a verdade, as desmonetizações de amor exasperadas que nos fazem revirar os olhos ou ter um pouco de vergonha alheia.
Embora isso... a escrita deu um LOOPING do sucesso.
As descrições das cenas, ambientes, consistência das personagens. Tudo super vivido e cheio das mais diversas cores.
Outra coisa que deu um up nas expectativas foi a presença real - e não uma sombra da presente nos volumes anteriores - dos irmãos. Como parte do universo, não como volumes passados. Essas coisas de família sempre roubam meu coração. E ela não perdeu isso com eles.
Contudo...
A minha suspeita foi alcançada com sucesso, pensei que acharia ruim e desmedido mas até que... nem por isso. O isolamento pode levar a loucura. A perda pode levar a loucura.
E a loucura de Ewan era Grace.
Senti um pequeno apelo para a parte mais hot e sensual e sexy entre o casal principal, meio que para entendermos o romance obsessivo e histórico entre os dois, e nos apaixonarmos (e absolvermos) o Ewan.
E esse foco, com com cenas de sexo bem mais extensas que não outros volumes, entendo que a autora quis elaborar uma homenagem aos amores desesperados? Primeiro amor? E somou isso ao fato de Grace ser uma pessoa que comercializa prazer (sem usufruir deste), numa espécie de protagonista de muito desejo.
Não é ruim, já que estamos lendo um romance de época bem do erótico.
Sem contar que essa mulher tem um talento em descrever homens com suas melhores descrições, atribuições físicas e descrever o desejo que o “desejo” traz.
Porém esse esquema, ou foco da autora, fez com que outros temas não fossem abordados mais profundamente, como o empodeiramento feminino, a sincronia de Zeva e Veronique, a relação entre os clubes, mais sobre como Grace se tornou Dahlia. Tipo Georgiana explicando porque ela é Chase.
Sei que eles são de esferas diferentes, bem mais distantes, mas MacLean me deve um encontro entre Chase e Dahlia. Duas das mulheres mais zicas trocando figurinhas? Quem não quer? Ela me deve (que provavelmente será solucionado na próxima série Steampunk que ela está trabalhando) o que aconteceu com O Outro Lado (partiu meu coração só de pensar no Anjo passando por abuso). Essas coisas, pra mim, seriam muito melhores do que reviver aquela maldita cantora de ópera grega ou Digger, que cagou tudo com Cross. Lamont e Leighton foram duas menções mais saudáveis nesse volume e mal ela sabe o quanto de gente eles arrastariam pelo parlamento.
E tudo dá certo no final.
The Future merecia mais páginas. Whit e Hattie precisam povoar o mundo com criancinhas - Sophie como a mais velha e meninos robustos com rosto de anjo e olhos violeta. Sim, eles são meu casal favorito. Em tempos. Ponto.
E todos tiveram meninas para provar que por hora, casa pegando fogo ou não, nada de herdeiros do duke?