Cover 0

El castillo ambulante

1986 • 352 pages

Ratings6

Average rating4.3

15

Segunda vez lido em... muitos anos.

Como li uma edição diferente, acabei perdendo o rastreio (meu Goodreads deve estar uma bagunça).

Seguimos.

Estou mais velha, mais “lida” hehehe, e este livro segue... surpreendente. É um livro para criança pelo tom da escrita, pela proposta, as personagens o sistema mágico simples e descomplicado, e a leitura fácil. Ainda assim, todos os personagens, até mesmo os secundários, embora menos desenvolvidos, possuem caracter, personalidades definidas, e são presentes.

Tive algumas realizações que não havia percebido na primeira leitura, que me deixaram em estado de graça.
Howl é do País de Gales (se você leu Lisa Kleypas na vida, a imagem de qualquer homem de lá, falando inglês britânico com um leve sotaque, é extremamente útero supressor), extremamente sarcástico, vaidoso, mas apaixonável a sua maneira. Como a autora disse em sua entrevista, “muitas meninas querem casar com Howl”. Eu sou uma delas. Versão do filme, versão do livro, qualquer versão.
Sophie é MUITO RELACIONÁVEL. Sem um pingo de paciência com frescura, decidida, e um pouco traumatizada com seus próprios valores, o que a “ofusca” um pouco seu real potencial.

Para quem conheceu castelo animado primeiro pela animação, pode levar um grande choque ao ler a obra original. Miyazaki, embora sua versão tenha sido aprovado pela própria Diana, usou o esqueleto do Castelo Animado, alguns de seus personagens centrais, alguns pontos altos, e transformou na aclamada animação - com um total toque japonês - que tem praticamente NENHUMA similaridade com o livro.
Pode considerar como duas obras completamente diferentes.

Amo o filme mais que pipoca doce. E acho que o desenvolvimento do romance foi muito mais estruturado e progressivo no filme. No filme, Howl e Sophie praticamente se odeio em todos os momentos, por nenhuma e todas as razões, e apenas têm um momento de “amor” que seria o final (com a Bruxa e o retorno ao castelo). O que deixa o filho deles em The Castle in the Air meio que um passo muito grande num romance tão juvenil. Por isso, mais uma vez, um livro para crianças. Não precisamos falar de baixaria com eles.

O que realmente me segurou nessa segunda leitura foi que, por mais que o filme seja EXCELENTE, perdeu-se MUITAS COISAS que tronam um dos livros de fantasia mais cativantes.
A magia ser um sistema normal, que permeia a família de Hatter, e neste mundo, que faz com que você escolher a magia seja uma opção tão sadia quanto vender chapéus. De as irmãs Hatter serem três, de Fanny não ser tão interesseira, mas uma mulher em desespero. Michael ser mais velho, um adolescente, apaixonado por Martha e espero em suas magias (mais do que um garotinho com capa que o deixa um anãozinho de barba comprida, como o Gimli). A própria Bruxa das terras Abandonadas. Uma mulher camaleoa, malvada e cheia de ódio, que também vendeu o coração a um demônio do fogo, mas que foi corrompida. O Mago Suliman, o Cabeça de Nabo, como o irmão entojado do rei - e a falta da própria figura do rei - e a magia bem da assustadora, com o corte de corpos e junção de pedaços, que os envolviam através da Bruxa. Os poderes de Sophie, naturais dela, que conseguiam trazer a vida às coisas, mas seu dom natural em possuir magia. O CORAÇÃO DA BRUXA - Srta. Angorian - que me deixou com cara de "misericórdia, que doideira é essa". Como podem ver... muita coisa me pegou de jeito.

Como é perceptível, esse livro me pegou de jeito. E adorei demais. Seguramente seguirei com os demais volumes outra vez.