Não fuja!: Se a morte não é o fim, o que virá depois?

Zero estrelas, se fosse possível.
As descrições são extremamente repetitivas, quase 10% do livro são perdidos em um flashback enorme que ainda deixa todos os assuntos não resolvidos para os personagens, só o leitor é que tira alguma informação desses capítulos, o que nem seria muito necessário já que era óbvio desde o livro anterior que Shakur tinha algo a ver com a infância de Nina.
A indecisão e falta de fé, em si mesma e em tudo e todos, de Nina é extremamente irritante e dura até as últimas páginas. A personagem é tão carente de atenção e validação que basta alguém não estar dizendo a cada segundo que a ama e quão especial ela é pra que ela volte a duvidar que alguém se importe com ela o que sua existência valha a pena.
Fiquei muito decepcionada com a tão falada lenda do filho de Richard. Cheguei a jurar que ela sairia grávida e eles teriam que protegê-los até que o filho dos dois pudesse derrotar as bestas. Ou que a realização de que carregava o filho é que faria ela ser capaz de acabar com a maldição e os monstros, afinal ela NÃO É a criança descrita na outra profecia, já que não foi concebida com amor. Muito decepcionante essa parte ficar esquecida, uma vez que as bestas foram destruídas sem filho nenhum.
Infelizmente, do meio para o fim do livro eu já estava tão irritada com Nina que nada mais me emocionou, nada mais conseguiu tirar empatia nenhuma de mim, nem as mortes da mãe e do padastro.
Não vou comentar que Malazar reclama a paternidade tanto de Nina quanto de Richard, então na visão dele os dois seriam meio irmãos. Se paternidade funcionasse assim.
Gostaria muito de ter visto uma Nina realmente mudada e crescida 4 anos depois, com uma filha sua agarrada em sua saia, uma mãe equilibrada, tranquila e realmente resignada com sua situação atual, talvez cedendo sim aos avanços do colega de trabalho e começando a considerar que sua filha precisaria de um pai e ele seria um bom homem para ter por perto. Admitindo que nunca deixaria de amar Richard, mas que precisava seguir em frente com sua vida, pois ele gostaria que ela fosse feliz.