Ninguém disse que seria eterno
Ninguém disse que seria eterno
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Lembro de ter pego esse livro para ler algum tempo atrás, mas nunca havia o aberto. Foi numa viagem de mais de 10 horas que eu resolvi que tinha chego o momento de o ler.
Devorei ele durante a viagem e fiquei ainda um bom tempo pensando em como faria essa resenha.
Ninguém disse que seria eterno é um romance adolescente bem brasileiro, a proximidade com os problemas dos personagens, com suas vivências, suas experiências, inseguranças e desejos é um dos pontos fortes do livro. Conseguir se sentir representado ali, como um cidadão brasileiro, foi uma das coisas que mais me alegrou durante a leitura.
O Lukas se tornou rapidamente o meu personagem favorito, sua dúvida em relação a sua sexualidade me tocou de maneira profunda, assim como toda a raiva que ele sentia do ambiente que o cercava. Ele era um dos personagens mais agradáveis de se ler e a crescente amizade com Bernardo é bonita e fluída.
Bárbara, por outro lado, foi uma personagem que tive dificuldade em simpatizar, mas logo eu consegui compreender porque: nossas vivências são, realmente, muito diferentes. Ve-la crescer como uma mulher mais forte, segura e empoderada foi um suspiro de alívio e felicidade, pois mostra que mesmo em situações adversas, que nos ensinam a ser submissas, ainda podemos contar com amigos e familiares que irão nos apoiar e crescer junto de nós.
Meu único ponto negativo para o livro seria que, desde o início, eu já sabia o que aconteceria com Vinícius. Apesar de bem construída, achei a história muito previsível e com um plot que eu, particularmente, não sou fã. Também achei alguns capítulos um pouco sem sentido ou construção para a história no geral, como o da galinha.
De qualquer forma, é uma história rápida, divertida, emocional e bem representativa da nossa sociedade. Se você gosta de um drama adolescente, muito provavelmente irá gostar dessa história também.