The Bookshop on the Shore

The Bookshop on the Shore

2019 • 416 pages

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Misericórdia.

Fazia tanto, tanto tempo que eu não via um projeto tão mal executado que fui dormir puta de raiva e até sonhei que a dava três tapas na cara do autor (é, no sonho, Jenny Colgan era um cara, porque, veja bem...).

A quantidade de pontos negativos e falhas nessa história é admirável. Além de mal escrito, o que me leva a acreditar piamente que não escrito por uma única pessoa, além de não passar nem perto dos olhos de um editor, revisor, grupo beta, ou qualquer outra opção da escrita criativa para saber que a sua história em um pouco de pé e alguma cabeça.

O único sentimento é esse:


A narrativa é confusa, entrando e saindo de pontos de vista das personagens nas cenas sem ter sequer uma quebra de pontuação ou fluxo de raciocínio, parágrafos de uma página (dizendo nada); sem contar alguns “interlúdios” da autora no meio da narrativa, do nada, apenas para reforçar o amor pelos livros que ela diz que tão declaradamente ama e lê horrores. Man... se essa foi sua contribuição literária a todos os livros que já leu na vida: se esforce mais.

Nunca escrevi um livro, conto ou algo literário digno de nota, claro, sou uma simples leitora. Só que, veja bem, esse está imperdoável de tão desconexo.

Nem o título tem ligação com o conteúdo do livro!!!!

A sensação que tive é que ela tinha um capítulo terminado (o ultimo) e quis construir uma vida em cima disso. Dentro desse miolo, teve um monte de ideias ao mesmo tempo - babas que salvam vidas (super nannys), sheldons de 5 anos, romance, a livraria, a mentes criminosas, comprotamento bipolar, realismo fantástico (a mãe ser uma fey e o mosntro do lado), crianças assassinas, misterios de esposas sumidas, hermitões atraentes, famílias desconexas, traumas de infância, chefes tirânicos, namorado lixo, super-mães... Bino, a lista é grande - vomitando as coisas.

N A D A · A · V E R.

Gente, e a Nina? Já não gostava dela no primeiro volume, mas nesse ela tá de parabéns. Se mostrou a pessoa petulante, egocêntrica e mesquinha, que por alguma razão ainda desconhecida, casou-se com um cara legal como o Lennox.
Que chefe fica puta com a funcionária que conseguiu gerar lucros e ter uma rotatividade de itens maior em sua livraria? Em prol de manter clientes que a procuram perguntando do raio da capa azul do livro, e você entregar qualquer coisa só para amaciar seu ego literário?

Isso foi ridículo.

Prefiro nem entrar nos detalhes de Zoe e seus super poderes como nanny, o Jaz que se mostrou o cara mais lixo da face da terra, e ainda teve aquele momento de “redenção” no qual ficou tristinho porque Hari ficaria na Escócia (acho que nem para a autora esse amor repentino colou); Mary e suas tendências bipolares/a órfã (do filme de terror mesmo) que quer matar os irmãos e a si mesmo.

A péssima abordagem de temas tão delicados como a depressão, bipolaridade, dependência química (por parte da mãe), traumas infantis (sem explicar porque Hari não falava).

Sem contar o sem fim de personagens expositivas sem qualquer vínculo emocional com ninguém.

Dois pontos positivos: aquela cena da tentativa de date com o Murdo, a biblioteca do Beeches e a cafeteira. Ramsay ser uma pessoa melhor do que o esperado? O romance no final? Talvez.

‘cabou.

A cada frase que escrevo aqui, percebo o quão mais embaixo foi a decepção desse livro. São 400 páginaaas de vários e vários “Oi??”

Fazia tempo que não via algo tão digno de uma estrela (depois de Cinquenta tons, que veio direto do wattap para as estantes das famílias).
Chega, minha gastrite não me permite mais.

July 18, 2020Report this review