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Scrooge trabalha em um escritório em Londres com o seu empregado Bob Cratchit, pai de três filhos e do pequeno Tim, que tem problemas nas penas. Na véspera do Natal, enquanto todos preparavam-se para a celebração, Scrooge, um homen avarento que domina o Natal, não via razão para tanta alegria. Até que recebe a vista do fantasma do seu falecido sócio, que se arrependeu de não ter sido bom e nem generoso em vida e acha que Scrooge tem uma chance. Segundo o fantasma, Scrooge receberá a vista de três fantasmas, que o levarão a uma viagem pelo presente, passado e futuro, para tentar salvá-lo enquanto é tempo.
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Demasiadamente superestimado.
Embora a escrita seja bem-feita, as incongruências internas e externas me incomodaram profundamente. Primeiro, temos um personagem deliberadamente rabugento e avarento, que inicialmente se apresenta como um ser racional. Para reforçar isso, ele diz ao primeiro espírito (não o primeiro cronologicamente, mas o primeiro que ele encontra) que não pode confiar nos sentidos, pois eles podem enganá-lo. No entanto, após a visita de mais três fantasmas, essa mesma pessoa se transforma em um santo? Para que essa mudança fosse convincente, o personagem precisaria ser cego ou inocente em relação ao mal que praticava—algo que, desde o início, fica claro que não é o caso.
Quanto à incongruência externa: os pobres só são lembrados no Natal? A caridade só é necessária nessa época do ano? Não sei quem é pior, sinceramente—quem só faz doações no Natal ou quem nunca as faz. Outro ponto problemático é que, embora o livro aborde temas como marginalidade social, superpopulação e relações de trabalho, em nenhum momento questiona essas questões de forma significativa. Chega a mencionar os sindicatos londrinos, mas falta audácia ou brilhantismo para transformar a obra em algo mais socialmente relevante.
Em resumo, é apenas um livro sobre o Natal que cristãos acreditam comemorar. Apenas isso.