Uma paixão e nada mais
Uma paixão e nada mais
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3★ estrelas. Porém, não é de todo bom.
Difícil escrever quando se sai de um livro da mesma forma que entrou (se não pior?) vim de um mês com leituras muito boas no setor do romance. E tendo o livro do Ben sido xuxuzito, esperava só a mais pura alegria, imaginei que esse, o volume do Flavian, o descontraído do grupo... esperava mais.
[o quê?]
Esperava mais “ação”, mais desenvolvimento (consciente) do romance e das personagens, mais da risadas, mais... mais. (Demorei mais de 5min para escrever o resumo acima).
Flavian era encantador, mas aquele olhar preguiçoso e eterno entendimento enquanto em sociedade me perturbou um pouco.
Agnes começou como uma personagem promissora. Sincera, e, ao que parecia, fora da caixinha - por assim dizer. E de uma aparência comum (mesmo não sendo tão comum assim, veja bem), escolhida por um homem que era praticamente um semideus da beleza.
Mas as coisas se desenrolaram planas a sua maneira.
O começo do livro, com o clube reunido foi EXCELENTE. Nisso a autora não peca. Em escrever sobre a relação dos amigos e sua intimidade única. E o desenvolvimento de alguns deles - como Sophie ter desabrochado, Vince como pai, Hugo ser o cara mais gente boa e descontraído, Ben, o homem da minha vida, Ralph que parece um pirata, e a possível relação que pode se desenvolver no futuro entre George e Dora (seria interessante um romance na idade mais avançada).
Quanto ao casal principal, estava indo bem, até a inserção das fórmulas do romance - o beijo do nada, a intimidade do nada, o pedido de Casamento do nada, como se casar com um desconhecido fosse a solução dos problemas.
Dai teve o casamento - de um dia para o outro, o que achei inconsequente das duas partes, por mais que os amigos estivessem presentes - e jurava que a história iria decolar.
Não rolou. Na verdade, se arrastou com grande esforço, com uma série de mesquinharias (mesmo com a capinha de época firmemente vestida), por parte da família gigantesca de Flave, e as crises de pouco envolvimento dos dois no relacionamento por páginas e mais páginas.
Até mesmo a grande problemática do Flave com o “amor de sua vida”, que seria o ponto alto da narrativa, quando o mundo se acaba e sabemos da verdade por trás de sua passado sofrido, não brilhou como esperado. Por mais “arriscado” e diferente, com a leve quebra de expectava que tonar a Velma (que o nome só me fazia lembrar da mina do Scooby Doo) a vilã ambiciosa, que enganou os irmãos para conseguir o que queria. E desejei vingança dessa mulher, que ela sofresse, e ninguém se deu ao trabalho de mostras que sua vida seria miserável dali para frente para compensar sua ambição E o achei um cara... cansado, e altamente oscilante de caráter.
Agnes, por mais que sua postura altiva e imperturbável e a classe com a qual resolveu a problemática das fofocas, não a vi como uma personagem que evoluiu nas duas semanas de casada.
Eu queria um ESPETÁCULO. Queria ela mostrando que a indecisão e a falta de comunicação ou AVISO sobre a descompensada ex, sua memória incompleta, era algo que precisava ser esclarecido desde sempre.
Nesse momento, eu espera que ela fosse mesmo para Dora, e espera do Grand Gesture dele.
Só que não aconteceu. Ela aceitou ficar por mais uma semana, para fazer aquele casamento dar certo (como? Fazendo o que já fazia antes, que era dormir com ele. Ponto), comparecendo ao raio da festa em família dos Arnott e comendo o pão que o diabo amassou com aquela gente mesquinha e intrometida.
Tive horror a essa “festa”. E ninguém me deu a cabeça da Velma.
Então eles fogem para a mansão idílica e fabulosa no meio do nada, e as lembranças retornam com a proximidade a David, e tudo se resolve. O casal ficou denso. Essa foi a sensação no final arrasadíssimo. Nada acontecia, trechos e mais trechos da historia se repetiram para explicar a linha do tempo, e os atos do passado, que foi maçante e sem necessidade pois ja tínhamos isso fixo.
Como eu queria ter gostado desse livro.