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O que fazer quando você recebe um diagnóstico que vai mudar toda sua vida? Você tem a vida inteira é sensível e honesto sobre um assunto que ainda é um grande tabu. Repaginado, de cara nova e com conteúdos exclusivos, o livro que conquistou as prateleiras internacionais chega agora a sua segunda edição. As vidas de Ian, Victor e Henrique são entrecortadas pelo diagnóstico do HIV. Victor fica inseguro ao descobrir que Henrique, com quem está começando uma relação, é soropositivo e resolve fazer um teste, mesmo que os dois só tenham transado com camisinha. Logo depois de um resultado negativo, ele conhece Ian, um universitário como ele que acabou de receber uma notícia que pode mudar sua vida. No impulso de ajudar o garoto, Henrique entrelaça os destinos dos três. Lucas Rocha narra, a partir das três perspectivas, os medos, as esperanças e o preconceito sofrido por quem vive com HIV, mas, principalmente, conta uma história que não é sobre culpa ou sobre estar doente, mas, sim, sobre como podemos formar nossas próprias famílias e sobre nunca esquecer que ainda temos a vida inteira. Recentemente publicado em inglês, nos Estados Unidos, pela Scholastic Press, a nova edição do Você tem a vida inteira – que em terras gringas teve seu título adaptado para Where we go from here – conta com, além do design de capa da editora estrangeira, prefácio e uma entrevista exclusiva de Lucas Rocha para o blog da Editora Record, em que fala sobre representatividade, processo de desenvolvimento dos personagens, pesquisas para a escrita do livro, suas maiores inspirações literárias, entre outros detalhes. "Leitura obrigatória." – Rachel Lippincott, autora de A cinco passos de você "Existem livros com histórias que ensinam. Outros com personagens reais que vão ficar na memória por muito tempo. Este romance faz as duas coisas. Brilhantemente." – Vitor Martins, autor de Quinze dias e Um milhão de finais felizes. "Simplesmente corajoso." – Kirkus Review "Uma notável história sobre amor, paixão e HIV no mundo de hoje." – David Levithan
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É estranho pensar que o HIV ainda seja um tabu em 2019. Estranho, mas não surpreendente. Lembro de ouvir falarem da Aids na TV quando eu era criança. Ouvia sobre as DSTs e tudo parecia tão distante. As pessoas não querem tocar nesse assunto, não pensam muito nele, não querem admitir que ele existe e pode estar próximo. Acho que essa é a força de Você tem a vida inteira.
Não sou especialista em livros YA, mas a impressão que tenho é que muitos autores queer também fogem desse assunto. Histórias de gays com HIV ou Aids são, em parte, na minha experiência, encaradas como histórias sobre o Holocausto ou a escravidão: muita gente pensa que não são mais necessárias, que são batidas. Mas eu olho em volta, olho para tudo o que está acontecendo no mundo, e me pergunto se é esse o caso. Falando especificamente da comunidade LGBT e da Aids, quantas pessoas a gente conhece que sabem do peso da epidemia? Do estigma? Medo não é informação. É importante falar disso porque as pessoas estão se esquecendo. A epidemia da Aids foi um golpe imensurável na comunidade, mas as pessoas não se lembram mais.
Falar do HIV nunca vai deixar de ser importante.
Enfim, são quase três da manhã, não sei se estou falando coisa com coisa. Só queria deixar aqui que, mais do que nunca, esse livro importa. Livros assim importam.
Menos o Victor. Moleque mimado insuportável.
Amo tudo o que esse livro representa, das personagens à conscientização e esclarecimento. Com certeza sou uma pessoa com mais conhecimento depois dessa história que, acima de tudo, nos diz: vamos viver, que a gente tem a vida inteira!