Mais um ótimo livro de Eisner, que apesar de não ser tão profundo, estabeleceu as bases para os estudos de comics atualmente. Confesso que, para quem já tem algum conhecimento das artes sequenciais, o livro acaba por se tornar raso e básico, mas a sua importância para o campo de estudo permanece.
Eisner explica sobre a narração gráfica e sequencial com poucas palavras e muitos exemplos visuais, dá uma boa base para qualquer um que queira aprender mais sobre comics e estabelece conceitos importantes que viriam a ser melhor aprofundados futuramente. Embora eu ainda prefira o trabalho de McCloud, tenho certeza que sem esse livro, boa parte dos estudos de comics teriam sido atrasados.
Essa leitura também se torna muito interessante para escritores, roteiristas e qualquer um que trabalhe com storytelling, visto que aborda bem as técnicas de narrativa.
Eisner foi um dos primeiros, talvez até mesmo o primeiro, a fazer um livro com uma análise tão profunda sobre as comics, inclusive cunhando o termo das “artes sequenciais”. Esse livro é uma leitura obrigatória para qualquer acadêmico dos quadrinhos, mesmo que não seja assim tão profundo e, por vezes, falte com exemplos.
A maior parte do livro é composta por exemplos tirados das próprias Strips de Eisner, o que facilita muito na visualização, mas as explicações e as partes escritas acabam por ser mais superficiais. Entretanto, como dito, esse foi um dos primeiros livros escrito sobre o que são e como são feitas as comics, então certamente colaborou muito para criar as bases necessárias para livros mais aprofundados e o estudo dos quadrinhos atuais.
(PT)
Alice sempre me surpreende com suas histórias e com a tranquilidade com que aborda temas complexos. Em “Loveless”, seu último romance, certamente essa surpresa não foi diferente.
Confesso que li o livro mais rápido do que gostaria, mas a escrita fluída, os personagens carismáticos, e a descoberta tão familiar que Georgia faz, acabaram me envolvendo de um jeito que, quando eu vi, já estava nas páginas finais, implorando por mais alguns capítulos.
“Loveless” é um livro que, talvez, não converse com todos os leitores, muito pelo contrário, talvez converse com pouquíssimos, visto que trata de um assunto tão pouco falado como a assexualidade e a arromanticidade. Entretanto, para aqueles que se identificam e sempre se sentiram um pouquinho perdidos dentro desse mundo romântico e sexual, Loveless aparece como um abraço bem apertado, trazendo reconhecimento, risadas e, porque não, até lágrimas.
Eu particularmente amei o livro e, se for para sermos honestos, a proximidade com que me senti de Georgia é absurda. Sinto que eu e ela passamos pelos mesmos dilemas, mesmas dúvidas, mesmos erros, mesmos medos. Nunca, em minha vida, havia me sentindo tão perto de um personagem como me senti dela.
Um livro importantíssimo para todos os aces e aros que estão aí pelo mundo; um livro que fala sobre amor, mas não aquele amor romântico que estamos tão acostumados a ver em todos os cantos. Um livro que fala de identidade e um livro que fala sobre maturidade. Alice certamente arrasou nessa narrativa e eu mal posso esperar pelas próximas histórias que virão.
(EN)
Alice always surprises me with their stories and with how cautious they approach complex topics. In “Loveless”, their last novel, this surprise was certainly no different.
I confess that I read the book faster than I would have preferred, but the fluid writing, the charismatic characters, and the so familiar discovery that Georgia makes, ended up involving me in a way that, when I saw it, I was already in the final pages, begging for some more chapters.
“Loveless” is a book that, perhaps, does not speak to all readers, on the contrary, it may speaks to very few, since it deals with a subject as little talked about as asexuality and aromanticity. However, for those who identify as such and have always felt a little lost within this romantic and sexual world, Loveless appears as a very tight hug, bringing recognition, laughter and, why not, even tears.
I particularly loved the book and, if I'm going to be honest, how close I felt to Georgia is absurd. I feel like she and I went through the same dilemmas, the same doubts, the same mistakes, the same fears. Never in my life had I felt as close to a character as I felt to her.
A very important book for all the aces and aros out there in the world; a book that talks about love, but not that romantic love that we are so used to seeing everywhere. A book that talks about identity and a book that talks about maturity. Alice certainly rocked this narrative and I can't wait for the next stories to come.
No geral eu gostei do livro. Ele é bem rápido de ler, tem uma narrativa bem fluída e descritiva e tem vários momentos de ação, que fizeram o livro ser ainda mais divertido. Só acho que a autora se perdeu nos últimos 20% do livro, que tudo ficou mais rápido, menos explicado e menos lógico.
Os personagens são divertidos, mas eu senti que faltou profundidade no tratamento de alguns deles, principalmente nos outros trabalhadores do castelo, tipo o Rand e a Margg, que eu meio que não me senti muito próxima deles - inclusive alguns outros menos importantes, como a Liza e o Sammy, para que colocá-los lá se eles não trazem nada de novo para a história?
O mundo do livro é ok, mas eu senti falta de uma construção melhor do mesmo. As dinâmicas de poder e o passado político do livro me deixaram meio perdida, porque, honestamente, nunca são bem explicadas. Você só sabe que teve uma tomada de poder e é isso. O sistema de magia é outra coisa que eu não achei muito bem desenvolvido, sem falar que a desculpa para não a haver feiticeiros em Ixia é super fraca e pouco convincente.
Outra coisa que eu senti falta no livro foi justamente o que o título diz: veneno. A Yelena aprende tudo sobre venenos, vira provadora do Comandante para quase nunca sofrer com um ataque de envenenamento? A maior parte do livro trata sobre as questões de magia e as tensões políticas, tendo acho que apenas uma vez onde ela fala da comida estar envenenada.
De modo geral, é um livro de fantasia divertido, com vários momentos que vão te fazer rir bastante e a Yelena é extremamente carismática, é difícil não torcer por ela.
Gente “idiota” (?)
Do tanto que falaram desse livro, eu esperava algo bem melhor. O plot é OK, os personagens são razoáveis, a narrativa é normal. A primeira metade do livro se arrasta até não poder mais, enquanto que a segunda metade é bem mais agradável e fluída, inclusive me fazendo gostar de alguns poucos personagens.
O humor do livro é típico do que se esperaria de um homem branco de 40 anos: chato, infantil, repetitivo. Ok, eu já entendi que jovens não saem de seu celular, e aí? Já entendi que você gosta de fazed piadas com peido e fezes, e o que mais você tem para oferecer?
Uma das coisas que eh menos gostei no livro é o quão repetitivo ele se torna, inclusive com parágrafos inteiros contando a mesma coisa que já foi contada no capítulo anterior. Isso sem falar que a construção do suspense em torno do assaltante de banco, pelo menos em português, não ficou muito boa e só deixa a revelação meio sem sentido.
Dos personagens, quase nenhum se salva. Os relacionamentos do livro (principalmente da Ro com a Julia) me deixam extremamente desconfortável e o complexo absurdo que esse cara tem de romantizar tudo isso me deixou meio com pé atrás.
Enfim, consegui me divertir em alguns capítulos, mas num geral achei um livro um tanto quanto besta - isso sem falar da irresponsabilidade com como tratou doenças mentais. Ainda tenta esconder isso ao colocar um aviso no final para procurar ajuda.
Não recomendaria o livro, mas também não “desrecomendaria” ele, acho apenas que não é tudo isso que vi falarem por aí.
“It could take forever to learn yourself.”
“All the Crooked Saints” was the Miracle I was wishing the Sorias to perform on me.
When the magic and complexity of Maggie's characters meet a small town in the Colorado region and the magic realism of Gabriel García Márquez, there is no way anything bad could happen.
I had already been in love with Maggie's writing since the Raven Boys saga, but her storytelling definitely found another level as she described the wilderness surrounding Bicho Raro and the miracles surrounded by owls that haunted and enchanted the Sorias.
“All the Crooked Saints” is a deep story, with a taste of magic, and a wonderful lesson in self-knowledge, music and miracles. There's no way not to fall in love with Maggie's dual characters, just as there's no way not to feel represented by at least one of the Sorias.
I highly recommend it for all lovers of magic, as well as for all those who find themselves lost and desolate under a gray cloud that just rains.
“É verdade: são poucos e raros os que sabem para onde olhar e o que escutar. Mas, assim como nas melhores histórias, são esses que fazem a diferença.”
Ofélia é uma menina solitária e contrariada, colocada no meio de situações que vão contra seus desejos e a revelam o pior do ser humano. Os livros são seus únicos amigos, assim como seu meio de escape de uma realidade complicada e triste, da Espanha de 1944.
Um livro que vai te fazer refletir sobre contos de fadas e te trazer um misto de emoções. Labirinto do Fauno faz o caminho oposto do que estamos acostumados: um livro que, ao invés de se tornar, foi baseado em um filme. Por acaso, eu ainda não vi o filme, embora todo mundo me diga que eu preciso assistir. Depois de ler o livro e me apaixonar, não apenas pela narrativa como também pelas belíssimas ilustrações dessa edição, meu interesse em conhecer o filme apenas aumentou.
Quer uma história rápida, divertida e com uma pitadinha de suspense para a sua tarde? “Adivinha Quem Não Voltou Para Casa” é a escolha certa, então!
Eu li esse livro em menos de uma hora, sentada no banco de trás do carro do meu pai, fazendo uma travessia danada pelo Rio de Janeiro.
Pedro Poeira tem uma narrativa fluída e agradável, usando de referências extremamente nacionais que só colaboram para o clima do livro. A trama é muito bem construída e eu confesso que fiquei em choque com o quão próxima eu me senti dos personagens em questão de, nem mesmo, 100
páginas!
Recomendo demais, principalmente para aqueles que querem começar a ler nacionais, mas não sabem por onde começar.
Como sempre, Maria não deixa de surpreender, entregando uma escrita enigmática e uma personagem principal cativante. Apesar de ser um conto curto, não deixa de entregar toda a tensão e o suspense que sua escrita geralmente traz.
O único defeito é esse conto não ter sido maior! Espero ver continuação desse conto em algum lugar, porque a história é promissora!
Para começar essa resenha, acho importante ressaltar que alta fantasia não é o meu gênero favorito, muito menos um que eu goste, então eu tive muita dificuldade de ter uma imersão verdadeira no livro.
Eu fiquei com a sensação que muitas partes do livro eram desnecessariamente longas, com muita descrição (o que é algo do gênero literário mesmo), mas, principalmente, com muitas cenas que não levam a lugar nenhum e não têm importância nenhuma.
O livro, no geral, não tem uma missão, o personagem simplesmente vai ficar contando sobre a vida dele mesmo - outra coisa que dificultou minha imersão no livro, já que eu sentia que estava lendo para nada.
Isso muda um pouquinho literalmente no último capítulo que estabelece uma “semi-missão” para o segundo livro, o que confesso me deixou curiosa.
No geral, eu tive muita dificuldade de gostar do Kvothe, não é nem por uma questão da personalidade dele, mas simplesmente porque criei 0 empatia com tudo o que ele tinha para me contar (embora eu gostasse de ver as cenas dele sendo, principalmente, curioso quanto a coisas que ele era ignorante, infelizmente algo raríssimo, já que o autor decidiu fazer ele o famoso personagem principal perfeito em tudo).
Em compensação, eu certamente AMEI o Bast, sinto que ele traz a quebra de ritmo necessária para a história, assim como um lado menos “perfeito” de tudo aquilo que estava escrito.
Exatamente por isso, senti que as cenas que acontecem no presente são mil vezes melhores e mais agradáveis de ler do que as que acontecem na narração do Kvothe.
Por fim, eu sei q o livro é de 2007 e que portando certas questões como o machismo não eram tão discutidas, mas não podemos fechar os olhos para isso. O livro tem diversas passagens extremamente machistas, que inclusive me deixam muito incomodada para continuar lendo (como por exemplo a necessidade constante de comparar mulheres com presas selvagens). Eu entendo o autor querer trazer um “universo machista” já que ele claramente tem fortes inspirações na Idade Média, mas se isso não for para ser discutido e problematizado na narrativa, parece apenas uma desculpa fácil para escrever sobre mulheres como seres sexuais e selvagens.
Enfim, em uma média geral eu não achei péssimo, mas também não achei ótimo. Teve diversas passagens que me fizeram extremamente desconfortável, assim como me fizeram revirar os olhos para a falta de necessidade - mas ainda consegui me divertir, principalmente, com as cenas do presente.
O Sangue da Heroína é o romance de estreia de Maria Aguiar e, justamente por ser sua primeira publicação, eu não pude deixar de me surpreender pela qualidade altíssima de sua escrita e descrição!
O livro te prende desde o primeiro capítulo, entregando personagens verosímeis, profundos e carismáticos, além de um mundo imenso e com muito potencial para ainda ser explorado (sim, eu estou confiante com a continuação dessa história!)
Para quem me conhece, sabe muito bem que fantasia não é o meu gênero literário favorito, mas SDH conseguiu mudar, pelo menos um pouquinho, esse meu preconceito, entregando uma história divertida, sensível e, claro, surpreendente.
A Décima é uma ótima personagem principal, que desperta desde o início aquele nosso sentido de proteção. Acho que, para todos aqueles que se sentem um pouquinho perdidos na vida e confusos com o que o futuro tem para entregar, a Décima é justamente aquele personagem em quem você se verá.
O Damien é o meu protegido, as partes que contavam com o seu ponto de vista eram, para mim, as que mais me prendiam! Mas eu sou suspeita para falar, visto que ele claramente se tornou o meu favorito.
Enfim, SDH é um ótimo livro para mostrar todo o potencial que a literatura nacional tem para nos trazer e mal posso esperar para ler outras escritas da Maria!
Recomendadíssimo :)
Eu to arrasada, quebrada, machucada, triste, feliz. Que viagem absurda, maravilhosa, dolorosa, perfeita. Esse autor tem, aos poucos, se tornado um dos meus favoritos. Happiness foi um mangá que veio pra minha lista de leitura sem querer, mas que acabou me marcando profundamente.
Recomendo demais, para todos que gostem de terror, horror e tudo o que envolve questões profundas de vida, morte e eternidade.
“O homem está na cidade
Como uma coisa está em outra
E a cidade está no homem
Que está em outra cidade”
Poema Sujo é um livro que me apareceu de surpresa, depois de ter feito uma aposta comigo mesma de ler mais livros brasileiros. Não esperava muito dele, afinal, não sou a maior fã de poema, mas, meu amigo, como eu estava enganada.
O livro é extremamente curto e pode ser facilmente lido em uma sentada, por assim dizer. Sua escrita é fluída e marcante e, apesar de ter uma divisão entre poemas, o tema central nunca se altera: a saudade daquele cidade que chamamos de casa.
Nunca fui para São Luís do Maranhão, mas me senti dentro de cada rua, de cada beco e de cada casa que compõem a cidade enquanto lia esse poema. Gullar se propõe, no ápice de seu exílio, a clamar por sua terra natal, a concretiza-la em texto, em poema... E ele consegue.
O sentimento de nostalgia é presente durante todo o poema, fazendo doer no peito aquela saudade de casa, aquela saudade da terra natal.
Poema Sujo era tudo o que eu menos esperava e tudo o que eu mais precisava nessa noite de sábado, tão distante da minha casa por conta dessa pandemia.
Recomendo a todos a leitura desse poema. Vocês não vão se arrepender.
Eu ainda não tinha parado para pensar muito nesse livro até escutar a música “Pretend” da Orla Gartland e me deparar com a frase “oh, who are you so afraid to be?”
Angel Rahimi é a sua típica adolescente britânica prestes a entrar no mundo adulto. Sua vida gira em torno de apenas uma única coisa: a banda The Ark e, principalmente, o vocalista desta, Jimmy Kaga-Ricci.
O que poderia ser apenas mais uma das histórias de romance impossível entre uma fã e um cantor famoso se torna, na verdade, uma importante lição sobre valores, vida e, porque não, identidade.
Angel é uma menina alegre, divertida e animada, justamente por ter esse comportamento extrovertido e amigável, grande parte de seus problemas e suas inseguranças são jogadas no fundo de um baú esquecido em algum lugar de um sótão escuro e empoeirado.
Angel, em seu âmago, não tem a mínima ideia do que quer para essa vida e, ainda pior, no que ela poderia ser boa, tendo sua vida inteira sido mediana em tudo que envolvia a vida escolar.
Como não se sentir um pouquinho representado, não é mesmo?
Por não querer lidar com essas inseguranças relativas ao futuro, Angel se enfurna em sua vida de fã, tendo a certeza que cada lacuna de sua identidade seja preenchida com o The Ark.
O livro explora muito essa questão da insegurança e da dúvida, convidando Angel a sair de seu pequeno e desconfortável casulo e perceber que o mundo real não precisa ser assim tão assustador. Na verdade, mais do que isso, junto de Angel percebemos que muito daquele mundo real estava sendo perdido, justamente por sua própria fixação.
Muitas vezes o futuro parece um local distante e assustador, borrado pela incerteza e coberto pela complexidade. As vezes é difícil nos distanciarmos de nossos pensamentos e compreendermos, de verdade, quem somos e o que queremos. O grande medo de Angel, de se perceber um ninguém além do The Ark, acaba por cortar todas as possíveis relações e situações fora destes. Acaba por corta-la de ser quem ela realmente era.
Afinal, de quem Angel estava com tanto medo de ser?
Afinal, de quem nós temos tanto medo de ser?
This book caught my attention, precisely because it was recommended by a friend of mine and for its premise of talking about mental illness - in addition, it had won an award in the area of literature, and so, i was curious.
I didn't find the book bad, but I didn't think it was awesome either. With a narrative that sometimes becomes somewhat pedantic, Eleanor, by herself, is an exhausting main character, although somewhat funny in her interpretations of everyday life. The secondaries, Sammy and Raymond, seem to be present only for the elucidation of Eleanor's problems, although they are charismatic. Finally, the narrative often leaves something to be desired, having a long start and a very hasty end.
The questions about Eleanor's problems are treated so quickly and superficially that a sense of discomfort and confusion are formed when the book is over - certainly, many of the points raised by the author during the book could have been better addressed. It's frustrating, to say the least, to get to the final pages and have such a summarised conclusion.
Other than that, the book is somehow fun in many parts and has important discussions (although somewhat superficial and careless) about mental health and the support of friends in difficult times in life. Eleanor Oliphant is Completely Fine is not a masterpiece, certainly, but it is also not a book that should be thrown away.
“O universo inteiro é um pacote SEDEX em trânsito, entendeu?”
Murakami é, realmente, um gênio. Já havia tido a possibilidade de me deliciar com essa escrita enigmática, metafórica e profunda em significados quando li 1Q84, mas, certamente, em “Kafka à beira-mar” o autor atinge um ápice de seu estilo.
A história é profunda, mas ao mesmo tempo descontraída. Te faz rir nos momentos oportunos, refletir nos obscuros e, porque não, chorar nos momentos trágicos. Uma leitura destas, onde cada personagem tem uma profundidade tão bem explorada e uma complexidade tão bem atribuída, deveria estar nas metas de leitura de todos.
Recomendo demais que vocês se aventure nesse mundo de gatos falantes, peixes que caem do céu e profecias assustadoras. Espero que, assim como eu, você consiga se apaixonar pelo Nakata e o Hoshino, queira proteger o Kafka e a Sra. Saeki e, claro, queira entender e decifrar o Oshima.
Kafka à beira-mar é uma obra-prima de seu tempo, estou extremamente animada pelas próximas leituras que o Murakami irão me propiciar.
Mais um conto perfeito da Luisa, com a intenção de nos mostrar um pouquinho mais desse mundo incrível e extremamente intricado que ela criou.
Neste conto acompanharemos o jovem Articus e sua luta para ser reconhecido dentro da Guarda Real, mesmo sendo um príncipe. Ele passará por diversas provações, tendo que deixar de lado sei título de príncipe mimado e aprender a viver a vida como um “mero plebeu”.
Muito bom o continho e certamente me deixou ainda mais animado para a continuação dessa história!