Fazia tempo que eu não lia um livro assim.
Eu imaginei que seria apenas o filme contado de maneira mais detalhada, mas logo no começo já vi que seria diferente - da melhor forma possível.
Não apenas temos toda a evolução e reflexão de Bella/Victoria como mulher, também temos a reflexão sobre a evolução da Europa, do capitalismo, da cultura e do visão patriarcal.
Triste ver como pouco mudamos do séc. XIX para cá, principalmente no que falamos sobre a liberdade sexual da mulher. Por mais que as mulheres tenham direitos e leis que as apoiem hoje em dia, sabemos que muitos homens (e algumas mulheres) ainda pensam de forma análoga aos personagens deste livro.
Mas acho que o melhor do livro foi o final. A maneira como o autor traz outra narradora para dar a visão dela da história e deixa a nós, os leitores, a decisão sobre o que realmente aconteceu... Maravilhoso.
É simplesmente um daqueles livros que ficam com a gente pra sempre.
Foi um livro que demorei a entrar no clima, já comecei a gostar e ficar curiosa pelos próximos capítulos lá pelos 40% dele. Mas gostei muito de como a história se desenvolveu e a evolução da personagem de Thérèse. Já tinha assistido o filme, mas não lembrava com detalhes da história nem do final, o que me surpreendeu. Recomendo.
É um daqueles livros que dá vontade de dar para todo mundo que conheço ler.
Como uma introvertida, me identifiquei com muitas colocações feitas e fico muito feliz, primeiro por esse livro existir, segundo por haver estudos apontando como a dificuldade de falar com pessoas estranhas, de se apresentar, de se expor de forma geral, não é um defeito, é apenas um traço de sua personalidade. Isso não te faz pior que ninguém.
Queria que o pensamento desse livro fosse exposto ao mundo inteiro, para que pudéssemos ser visto como deveríamos: nem melhor nem pior, apenas diferentes.
Gostei muuuuuuuuuuuito do livro. Li no kindle e pretendo comprar o físico para ficar relendo e consultando sempre, assim como quero comprar uma edição pra cada um dos meus amigos ansiosos que se preocupam um pouco demais com o que as pessoas pensam e estão, cada vez mais, mais sobrecarregados com responsabilidades, obrigações e culpa.
Obrigada por por isso na minha vida, Sarah!