«Mas o mais inquietante era aquela impressão de que a Marisa de antigamente continuava a existir, afinal não a transformara, ela limitava-se a usar uma máscara, a representar um papel, continuava tão livre como antes, tão selvagem como antes. Passou o resto do dia inquieto, embora repetisse a si mesmo que não havia motivo para tal, que importância tinham as roupas, ela era a sua mulher e estaria à sua espera quando chegasse a casa, submissa e apaixonada, pronta a fazer tudo o que ele quisesse. Quando chegou eram umas oito horas. Saiu do automóvel e o Sam correu ao seu encontro. Marisa estava na porta da sala que dava para o jardim e sorria-lhe, soltara o cabelo e escovara-o, trocara os jeans por um vestido verde, comprido, os mocassins por uns sapatos de tiras castanhos. Por momentos pensou se a mulher que vira na rua seria mesmo ela, afinal fora tudo muito rápido, mal lhe divisara o rosto.»
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