Behemoth
2010 • 481 pages

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Reconstruindo o clima da Primeira Guerra Mundial abordado em Leviatã, Beemote inclui os heróis no centro da batalha, em Istambul, onde ficam presos tendo que se aliar a novos conhecidos para terminar a batalha.

Desde o primeiro livro estou fascinado com a história da trilogia (acho que é trilogia), principalmente porque o livro nos presenteia com ilustrações muito bem elaboradas e detalhistas do cenário e das atitudes dos personagens, fazendo com que o leitor se envolva cada vez mais com os acontecimentos.

Alek fugiu do Leviatã graças à cobertura dada pelo conde Volger, e agora está em Istambul sob os olhos ávidos por notícias de Eddie Malone, um jornalista chato pra caramba que quer a todo custo publicar qualquer coisa interessante sobre a guerra. E nada mais interessante do que a história de um príncipe fugitivo.

Em Beemote nós temos uma visão mais clara do mundo dos mekanistas, ao contrário do que acontece em Leviatã, quando se passa a história quase inteira dentro do animal, conhecendo o funcionamento e o ecossistema dele. Aqui, é quase possível sentir o cheiro do combustível e ouvir o ranger do metal contra metal nas batalhas, que são sempre repletas de mákinas bem detalhadas.

Parece que Alek cresceu consideravelmente do livro passado para esse. Se bem que em Leviatã ele estava como prisioneiro e não podia tomar muitas decisões importantes. Aqui em Beemote, o jovem rapaz está à frente de um grupo que luta pela sua liberdade, bem como para acabar com a guerra. Com essa posição, ele mostra um pouco de autoridade e faz algumas decisões que vão definir o seu futuro e o de Deryn na disputa.

A garota ainda tenta esconder o seu segredo e se mete em algumas situações bem constrangedoras desta vez; além de tudo, seu segredo já não é tão secreto assim, uma vez que cada vez mais personagens descobrem o que ela esconde desde que se tornou uma aeronauta como Dylan Sharp.

Embora o nome tenha caído muito bem para o livro e a capa tenha ficado bem bonita com ele estampado em alto relevo, Beemote foi o termo que eu quase menos li. Por ser o nome do livro, esperava que tivesse uma maior presença no livro. É perceptível que estamos falando de uma arma muito importante, mas que apareceu tardiamente e teve sua glória ofuscada por muitos outros elementos.

O livro é fantástico. Talvez eu tenha me apegado mais do que pensei ao steampunk, já que tinha um certo preconceito, assim como às personagens da história. A continuação se mostrou muito interessante e deu gosto para Golias, próximo livro. E, ainda em tempo, me afeiçoei mais aos mekanistas que aos darwinistas.

P.S.: Bovril e Lilit se mostraram personagens muito interessantes neste livro; da mesma maneira, a Dra. Barlow se mostra cada vez mais articulada na trama.

Link para resenha no blog Epigrafia Alternativa

July 5, 2014Report this review