A obra de Toni Morrison é toda debruçada sobre a condição do negro nos Estados Unidos e, sobretudo, da mulher negra americana. EM Amada, ela visitou o terror permanente da vida na escravatura. AGora, em Compaixão, recua mais na história e vai à origem, a 1690, quando a própria nação norte-americana estava nascendo, cem anos antes da Declaração de Independência. MOrrison nos faz lembrar que o começo do regime escravagista se confunde com esse início da nação, os dois cresceram juntos. A Autora vê, nesse alvorecer do país, a possibilidade de uma escravatura sem racismo, que junta brancos, negros e indígenas numa mesma árdua luta pela sobrevivência na natureza inóspita do nordeste americano. Compaixão é a história de Florens, que a própria mãe entrega como pagamento da dívida de seu senhor, na esperança de que possa ter uma vida melhor numa fazenda remota, ao lado de três outras mulheres - Rebekka, a senhora branca; Lina, uma escrava indígena; e Sorrow, outra escrava negra - e do tolerante senhor anglo-holandês Jacob Vaark. Em meio às asperezas da vida rural desse período, ameaçada pela varíola, numa terra sem lei, dividida entre o puritanismo religioso das seitas protestantes dos brancos e a tolerância e liberdade do indígena e do negro, Florens descobre o amor e o sexo. LUta com a natureza do nordeste da América do Norte e com sua própria natureza, ambas bravias, uma fria, a outra ardente. SEmpre em busca de um amor perdido: o de sua mãe e o de sua pátria.
Reviews with the most likes.
There are no reviews for this book. Add yours and it'll show up right here!