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Escrito em 1871, Deus e o Estado é um texto fundamental para a compreensão do pensamento de Bakunin. O método dialético, o evolucionismo e o naturalismo, o papel da ciência, os conceitos de liberdade e de livre-arbítrio e o materialismo são comentados no texto, que é fragmento do livro O império cnuto-germânico e a revolução social, extraído e publicado, ainda no século XIX, primeiramente por Carlo Cafiero e Élisée Reclus, e, posteriormente, por Max Nettlau.
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Bakunin era um homem além de seu tempo. As diversas reflexões para um tempo onde a religião era quase inquestionável o tornam um grande filósofo. E apesar do “livro” estar incompleto, trás pensamentos que já consolidados pela neurociência e ciências sociais, entre outros pensamentos que foram extensivamente complementados e desenvolvidos por outros filósofos. Ainda há alguns hoje que ignoram uma realidade já notada no século XIX por Bakunin.
Além disso, é super satisfatório ler frases como:
“Todas as vezes que um chefe do Estado fala de Deus, quer seja o imperador da Alemanha ou o presidente de uma república qualquer, estai certo de que ele se prepara para tosquiar de novo seu povo-rebanho”.
“Todos os sistemas de metafísica nada mais são do que a psicologia humana se desenvolvendo na história”.
Somado a isso, há uma análise profunda sobre o idealismo, o cristianismo e o indefinido “Deus”.
Um livro excelente para qualquer cético - de verdade.