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Average rating3.7
Posso dizer com absoluta certeza que este segundo volume de Firebird foi tudo o que eu desejava que fosse – sempre tenho expectativas e medos para as continuações das séries, mas dessa vez tive uma boa dose de surpresa. E se na resenha do primeiro volume eu já havia avisado sobre os plot twists, agora você opde adicionar na mistura a montanha-russa de emoções.
Nós encontramos Marguerite, Theo e Paul lidando com as consequências do que aconteceu no primeiro livro. Theo está sofrendo com as repercussões da droga em seu corpo e Paul, sendo o personagem gentil que é, tenta encontrar uma cura para ele e acaba tendo sua alma dividida em quatro partes (alguém aí viu uma semelhança com as Horcrux?) dispersas pelas dimensões. E então temos o problema principal da trama: Marguerite precisa salvar Paul e ajudar Theo (e, obviamente, ser ajudada por ele também).
Neste volume, com tudo o que Marguerite e Theo passam, eu realmente comecei a vê-los como um ship interessante – ainda que o foco esteja em Marguerite lidando com o Paul real e o Paul que ela ama, e sua constante luta interna sobre ela e Paul estarem realmente destinados a ficar juntos (e as decisões que vêm disso). Este volume é tão emocional e movimentado com a questão multidimensional que eu ainda não acredito que sobrevivi a ele.
Um ponto que foi muito interessante para mim, particularmente, foi como há várias versões de cada personagem e como cada versão é tão diferente entre si, de acordo com o que cada uma delas viveu – e é claro que eu fiquei um pouco confusa às vezes, mas tudo foi uma questão de me acostumar e tentar lembrar qual versão é qual, principalmente com Theo e sua outra versão (mas isso não me impediu de fazer um ship com ele e Marguerite, claro).
Veja bem, eu gosto do Paul, ele é gentil, tem boas intenções, mas... eu sinceramente acho que Theo é mais devotado a Marguerite do que ele. Theo constantemente se sacrifica por ela, está sempre ao seu lado, a ama incondicionalmente, é divertido... Seu personagem passa por provações uma e outra vez e quebra o meu coração que Marguerite escolha Paul uma e outra vez (e eu sei como isso vai acabar). Mas vamos seguir em frente – até porque, a história de amor entre Paul e Marguerite é doce e até mesmo poética.
De modo geral, os personagens estão incríveis aqui. Até mesmo Marguerite ficou um pouco mais interessante – apesar de que seus momentos com altos níveis de tolice me irritaram bastante e seu constante discurso sobre como Paul é seu verdadeiro amor e como ama Theo apenas como um amigo foi um pouco massante e não levou nenhum dos personagens a lugar nenhum, apenas não deu fim ao triângulo amoroso de melhor forma.
A recorrência de plot twists fez com que o ritmo da narrativa não perdesse o passo. E, é claro, o cliffhanger no final foi arrebatador. Honestamente? Esse livro foi uma montanha-russa, toda vez que eu pensei que as coisas se acalmariam, aparecia uma reviravolta que ou complicava as coisas ou mostrava uma possibilidade diferente. Cada dimensão visitada aqui possuia sua própria beleza e ainda me espanta a qualidade das descrições de Claudia Gray.
Então, como eu disse no começo deste texto, Dez mil céus sobre você foi o que eu desejava desde o final do primeiro livro e ainda ultrapassou as expectativas (além de me deixar bem feliz que não foi uma continuação floppada). Estou bem feliz que criei coragem para ler o primeiro livro, porque senão eu não estaria aqui.
Ah! Você deve ter percebido que eu tenho tentado não contar muito a história dos livros nas resenhas, isso é de propósito para que eu não escreva nenhum spoiler e para que você possa aproveitar a história de forma completa quando for ler :)
*Um agradecimento especial para a HarperCollins Brasil por ter me enviado e exemplar que você vê nas fotos desta resenha <3