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“Os médicos tinham nos explicado que era preciso protegê-la contra ela mesma para proteger os outros. Papai me dissera que só mesmo os médicos que cuidam de cabeça para dizer uma frase dessas.” Neste romance, é o olhar curioso e maravilhado do filho do casal apaixonado que dá o tom da narrativa, ao som de Nina Simone, num cenário de paisagens francesas e espanholas. Quem conduz a dança é a mãe, imprevisível e extravagante. É também essa personagem delicada e elegante que arrasta o narrador e toda a família para um turbilhão de poesia e sonho, insanidade e delírio. O amor familiar cria uma atmosfera de magia e alegria que se reverterá mais adiante, quando as festas cessarem, o champanhe terminar, quando situações perturbadoras e arriscadas acontecerem e provocarem em nós outros sentimentos e sensações. Estamos prestes a adentrar um romance sensível e poético, que provoca reflexões sobre amor sem limites, insanidade e relações familiares excêntricas, entre muitos outros temas relevantes do nosso tempo. Não à toa, esta incrível narrativa ganhou as telas do cinema francês em janeiro de 2022, numa adaptação igualmente fascinante.
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Tem um lado adorável, como a loucura, especialmente vista por uma criança (sob as lentes do amor; lembre-se de O castelo de vidro), pode ser. Mas é tão triste, que me deixou paralisada.