Cada um dos 4 autores que constituem o GATO FEDORENTO (Miguel Góis, Ricardo de Araújo Pereira, Tiago Dores, e Zé Diogo Quintela) começou por escrever textos humorísticos para diversos media (televisão, rádio, jornais). O programa GATO FEDORENTO, no qual os autores são também actores dos seus próprios sketches, cedo se tornou referência humorística de culto. A sua divulgação em DVD, no final de 2004, transformou o GATO FEDORENTO num impressionante fenómeno de popularidade transgeracional em todo o país.
O que muitos dos seus apreciadores desconhecem é que GATO FEDORENTO é também um blog, mais concretamente "(...) um blog de opiniões e de polémica. Aliás, a polémica começa logo nesta apresentação porque, dos quatro autores do Gato Fedorento, um acha que o blog não devia ter polémica, outro defende que não devia ter opiniões e outro entende que não devia ser um blog, mas sim um espectáculo de marionetas. O quarto não quis dar a sua opinião, atitude que os outros três consideraram polémica."
O livro que agora se publica reúne, nas suas mais de 300 páginas, centenas de textos ali escritos de Abril de 2003 a Abril de 2005. Os comentários humorísticos, em regra curtos e não raro de índole inesperada, convocam-nos para uma revisão, não apenas do que foi o país nestes dois anos, mas também do que o país é.
Naturalmente, a atenção recai mais sobre os acontecimentos escaldantes que pontuaram os dois últimos anos, até porque foram muitos: os casos Casa Pia e Universidade Moderna, o Euro 2004 e toda a panóplia de temáticas que o futebol sempre proporciona, as Finanças (da Ministra Ferreira Leite ao Ministro Bagão Félix), as Mães de Bragança, Santana Lopes gerindo Lisboa e, depois, o país, a fuga de Fátima Felgueiras (e o ataque, em Felgueiras, a Francisco Assis), obras literárias (de Margarida Rebelo Pinto a José Saramago e Lídia Jorge) ou de divulgação divina (de Alexandra Solnado), debates em torno da despenalização do aborto, das drogas leves, da adopção de crianças por homossexuais, programas televisivos (concursos, novelas, telejornais), e o estrangeiro e a política externa, para mencionar apenas alguns tópicos. Tudo o que faz o quotidiano de um povo pequeno, resumidamente.
Como se não bastasse, o livro avança com um texto inédito que revela 'Como escrever um texto humorístico'. Principia assim: "uma das regras básicas de um texto humorístico é começar sempre com uma piada. Também podemos começar com um número de sapateado, mas há quem diga que o sapateado resulta melhor ao vivo do que em livro."
São, indiscutivelmente, o melhor do novo humor nacional.
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