Peça-me o que quiser

Comprei a trilogia num impulso patriótico, (meus pais são espanhois, tenho cidadania, queria saber o que o país anda produzindo num nicho que anda tão americano), e tudo que consegui foi uma trilha sonora bem legal pra encontrar (Malú, Juanes, entre outros).
A história é o de sempre: a mulher bem normal, que por alguma razão atrai o milionário com gostos sexuais bem específicos. Nessa trilogia, eles conseguiram se afastar do BDSM e foram para a linha voyeurista, mas a loucura do relacionamento permanece: ela o chama de babaca (fiquei bem curiosa pra saber qual era o termo original) umas mil vezes, ele é rude e mal educado diversas vezes, eles ameaçam ficar com outras pessoas outra dezena de ocasiões, são ciumentos e pouco discutem qualquer coisa que não seja o ato em si. Ele é alemão, ela é espanhola, há algo vagamente interessante na multiculturalidade, que sempre me atrai. Mas não entendo porque todo mundo precisa ser tão limitado, jamais falar de qualquer coisa que não seja seu próoprio umbigo, se alternar entre sair gritando e batendo portas e fazer sexo selvagem. Cadê a vida, minha gente? - Não que eu veja problema em fingir que ela não existe, mas nesse caso, três livros não são necessários. Faça um e nele concentre a fórmula, capítulo 1, se conhecem, 2, se paqueram, etc etc, até o 12, no qual ficam juntos e felizes para sempre. (fórmula dos HArlequin). TErmina com ela batendo uma porta, nesse livro. Quem adivinha o que acontecerá no próximo?
A tradução também está bem esquisita, cheia de “Anda, que agora você é...” e “Ai que”, ou seja, expressões bem espanholas mal traduzidas.