"Intimidade, confissões, família, memória e pacificação: assim é o novo livro de poemas de José Luís Peixoto. O novo livro de José Luís Peixoto fala-nos das quatro paredes de uma casa e de todas as suas recordações em tempo de pandemia.
Evoca a solidão, o isolamento, as portas fechadas, mas também a solidariedade das recordações: a mãe, o pai, os aromas, a família, a aldeia, o amor. Há espaço para a recordação da infância como para a peregrinação pelo mundo inteiro, como um Ulisses em viagem perpétua, rodeado de objetos próximos e voltado para dentro, para o lugar onde se regressa sempre: a casa. «As estantes são ruas.
Os livros são casas onde podemos entrar ou que podemos imaginar a partir de fora. Há livros que visitámos e há livros onde vivemos durante certas idades, conhecemos cada uma das suas divisões, trancámo-nos por dentro.
Fomos jovens durante tantos capítulos mas, de repente, um dia, apercebemo-nos de que restavam cada vez menos páginas entre o polegar e o indicador.»
«A poesia de José Luís Peixoto está voltada para o dia a dia, para o nosso real e para a sua disponibilidade, que é onde apenas as coisas são encontradas.» Fernando Guimarães, Jornal de Letras "
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