"Estou convencido de que Schopenhauer é o homem mais genial de todos. (...) Ao lê-lo não posso compreender como o seu nome pôde permanecer desconhecido. A única explicação possível é a que ele mesmo repete tantas vezes, que há quase só idiotas no mundo." Tolstói Em sua obra magna, O mundo como vontade e representação (1818), o filósofo alemão Arthur Schopenhauer (1788-1860) expôs a ideia de que o mundo que vemos e percebemos é apenas a manifestação, o "lado exterior" de uma essência única, a vontade. Em Sobre a vontade na natureza (1836), texto que o próprio autor considerava o "complemento essencial" à sua metafísica, ele percorre o vasto campo das ciências da natureza para mostrar como a sua filosofia pode dar um sentido às mais diversas descobertas científicas de seu tempo. Da fisiologia à física, da anatomia à linguística, acompanhamos o filósofo por todos os domínios da natureza em uma viagem que termina por nos levar também a destinos exóticos como o magnetismo animal, a magia e a religião chinesa. Ao longo do percurso, Schopenhauer discute, com seu estilo astuto e mordaz, várias descobertas científicas e suas interpretações, buscando dar-lhes sentido e unidade à luz de sua filosofia. A tradução do texto, até hoje inédito em português, segue a edição ampliada de 1854.
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