"Vício" é o terceiro volume de uma trilogia sobre a criação artística, à volta de três figuras da cultura portuguesa do século XIX: o poeta Cesário Verde, em "Um Prego no Coração", o músico e compositor Domingos Bontempo, em "Natureza Morta" (ao qual foi atribuído o Prémio Literário José Saramago) e, por último, o poeta-filósofo Antero de Quental, em "Vício". Este último é uma espécie de diário ficcionado dos últimos dias da vida de Antero, do seu drama estético e filosófico, que, aliado a outras razões, de saúde, familiares, ou ainda a impossibilidade de acreditar em Deus, o levaria ao suicídio, em Ponta Delgada, em 1891.
A propósito de Antero, Paulo José Miranda reflecte sobre a linguagem e a escrita, a criação e o entendimento, na linha do conto filosófico de língua alemã ou do proeminente escritor Thomas Bernard.
" Ao fim de seis livros (três de ficção, dois de poesia e um de teatro), podemos sem qualquer dúvida classificar Paulo José Miranda como a voz mais radical surgida nas nossas letras na década passada. Quando digo "radical" não me refiro a malabarismos formais, nem a universos supostamente "transgressores"; em Paulo José Miranda a radicalidade reside na intrínseca seriedade da temática e do discurso, que anula todo e qualquer resíduo de "entretenimento".
" (...) estes três livros ("Um Prego no Coração", "Natureza Morta" e "Vício") são um marco na literatura portuguesa mais recente..."
Pedro Mexia, DNA
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