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2/12 booksRead 12 books by Dec 31, 2025. You're 2 books ahead of schedule. 🙌
“É como se a vida dissesse o seguinte: e simplesmente não houvesse o seguinte.”
demorei a acostumar-me com este livro. a princípio não queria compreender, não me permiti súbdita ao mundo que é a mente de clarice lispector, mas talvez isso se deva ao facto de ela ter colocado em prática exatamente o tipo de livro que eu escreveria.
gosto de imaginar que clarice escreveu a totalidade desta obra num perfeito estado de limbo e crepúsculo, acompanhada de uma chávena de café que se recusa a arrefecer. é esta a persistente sensação de quem lê água viva. como se visse uma paisagem azul, infinita, como que aurora que acaba no mar, corrente que escorre como os pensamentos de lispector para o papel.
escrever algo tangível acerca de água viva seria uma traição, quase tanto como um absurdo. pretende ser saboreado, pensado, questionado, discordado e, sobretudo, sentido. penso compreender lispector, mas será que estou certa? não tenho a certeza. tenho mais a certeza de que não pretendia ser compreendida. mas também nasci incumbida do mundo, então sinto uma amarga compreensão.
e sinto uma amarga proximidade ao terminar esta obra. gostava de viver no cérebro que dá casa à brilhante mente de quem escreve esta obra. mas estou grata o suficiente de a poder ter lido (no idioma original, que honra!), e de ter tido acesso ao pensar tão puro, tão livre, tão presente de clarice lispector.
“Você há de me perguntar por que tomo conta do mundo. É que nasci incumbida.”
Genuinely such an insane read.
There's a very thin line between fiction and reality, and Gira tiptoes it the entire time.
Heavily philosophical, huge on solipsism but also not really, Michael Gira's characters are everything to ever exist and seem almost god-like, but are also pathetic and too small to be considered real people even by themselves.
Very interesting read for fans of his music. I suppose the “The Seer” probably came from his story of the same name, or maybe the other way around. Besides that, it's undeniable that this is Swans. Michael Gira is Swans. Swans is Michael Gira. This is a glimpse into his genius.
Extremely uncomfortable read, most of the time. Will have you questioning what makes Gira thinks the things he does, but I suppose it's best not to. Accept it. Let it infect you. Let him be you.
My favorite story was “The Condemned Man”, which is a reflection of humanity and how inhumane it actually is; especially today. We are living the horrors Michael describes. Now. And there is nothing we can do about it. At least that's what I gather from all this.
Very weird read, but I'd recommend it. If you like Swans, you should read this. If you don't like Swans, you must read it. Maybe you'll understand it a bit better then.
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