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Neste livro, Emily Giffin trata de um assunto atual e delicado – ter filhos, ou no caso, não os ter. Conheço várias mulheres que não desejam filhos – nem agora, nem num futuro próximo – e conheço também algumas garotas que não veem a hora disso acontecer, eu frequentemente mudo de opinião sobre o assunto – bem, o que posso dizer? Estou na metade do meu curso, não consigo pensar nem em casamento agora (o que eu acho que quero algum dia).
Enfim, a questão é que Claudia e Ben são casados, não querem ter filhos e vivem apaixonadamente bem o seu casamento. Até que ele resolve ser pai. Claudia não quer ser mãe – e aqui me pergunto se sua própria mãe tem alguma coisa a ver com isso, porque a mulher não é exatamente um exemplo a ser seguido –, ela é uma editora bem-sucedida e não quer parar de trabalhar para ter um filho, nem que isso seja o recente maior desejo de seu marido. Mesmo com as opções que Ben encontra para que ela não se afaste do trabalho, seus contra-argumentos, que antes pareciam mais fortes, não cessam. O casamento começa a desmoronar, então. A separação do casal acaba sendo inevitável e dolorosa – todas as separações são dolorosas, mas um casamento... bem, de alguma forma dói mais.
Então, ao longo das páginas acompanhamos Claudia se reerguendo. Suas conversas com familiares e amigos, suas diversas mudanças de humor – triste, alegre, raivosa, nervosa, inquieta, e sua forma de voltar a viver. Ben não aparece com frequência, acompanhamos a história pelo olhar de Claudia, e ela não se encontra com ele muitas vezes.
Devo confessar que a leitura foi conflitante. A decisão que Ben toma, de ter um filho, mas somente se for com a esposa, foi um tanto quanto inquietante, porque eu – como leitora – sei que combinados podem mudar e estamos revendo nossas escolhas a cada dia, mas mesmo assim, quando ele tenta fazer Claudia mudar sua forma de pensar, bem... não posso dizer que tenha sido um passeio suave.
As irmãs dela foram uma história à parte. Cada uma tinha seus próprios problemas e de certa forma fizeram com que Claudia tivesse a oportunidade de ver o mundo de outra forma. Seu pai também foi um grande personagem.
Uma Prova de Amor não deixa de ser uma linda história. E o final dela... não deixou a desejar. Confesso que tinha outros finais possíveis em mente, mas foi um final válido – e que deixou todos felizes, por isso não há o que pedir mais. Vale a leitura – e a reflexão que ela impulsiona.