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Autora: Amy Plum
Editora: Farol Literário
Páginas: 424
Nota 5
Decidi uma coisa nesse último ano: estou, definitivamente, deixando de lado a promessa de não ler mais séries. Aparentemente, o destino resolveu dar as cartas na minha lista de leitura. Encontrei em Morra por Mim mais uma série para acompanhar.
A premissa é bastante conhecida por nós: uma garota humana que se apaixona por um ser místico. Nesse caso, o ser místico é Vincent, um imortal que junto com outros de sua estirpe, salva a vida das pessoas e combate um clã de imortais do mal. Lembra um pouco a série da Alyson Nöel, mas as semelhanças param na imortalidade.
O ritmo da história flui com facilidade e a forma de narrar de Amy Plum é do tipo direta, que não tem necessidade de fazer floreios e rodeios para chegar ao ponto de interesse da história – o que me realmente me agrada muito. O começo é ao mesmo tempo um pouco devagar demais e rápido demais. Como assim? Bem, primeiro parece que demorou uma eternidade para que Vincent e Kate começassem a interagir (então quando você vê em que número de página está sua leitura, percebe que já passou da página 130), depois a quantidade e velocidade de informação que é descarregada em Kate é grande demais – mas pelo menos a personagem aguenta firme, por algum tempo.
Gostei bastante da relação entre Kate e Georgia, elas são diferentes, tem atitudes diferentes, mas se apoiam e se amam, apesar de ocasionais brigas. No entanto, Georgia aparenta ser um pouco imatura, mesmo sendo a irmã mais velha, algumas de suas ações comprovaram isso.
Kate me pareceu uma personagem bastante real, que poderia ser comparada à qualquer garota que sofreu uma perda como a sua. Outra coisa que me ocorreu enquanto lia é que atualmente os escritores gostam de descrever suas personagens principais como “almas antigas”, essa é a terceira ou quarta vez que li algo parecido no último ano.
Quanto aos integrantes do grupo dos revenant, não consigo decidir qual deles me cativou mais. Mas Charles, com certeza não está no topo da lista, o francês é frio demais para mim. Já Vince e Jules estão na dianteira. Vincent é quase perfeito e Jules é mais do que divertido. Para mim fica muito claro que Jules também sente alguma coisa por Kate, mas nós sabemos à quem pertence o coração da moça. Ambrose e Charlotte são memoráveis – e espero que exista um relacionamento entre eles em algum momento. Jean-Baptiste e Gaspard levaram algum tempo para me conquistar, mas de alguma forma, conseguiram antes do final da narrativa.
Por ser o primeiro volume da trilogia – que recentemente ganhou um quarto livro com o ponto de vista de Jules dos acontecimentos dos dois primeiros livros –, muitas perguntas foram deixadas sem resposta, muitas pontas foram soltas e muitos destinos estão sem um final que nos agrade realmente. E é claro que isso é intencional – e preciso ler o próximo livro logo.
E para te deixar com uma das perguntas que estão martelando na minha mente, pense nisso: Por que o avô de Kate reagiu daquela maneira ao ouvir a neta comentar sobre os numa? Será que ele esconde alguma coisa?
Existe uma razão para eu ler essa história em dois dias: Morra por Mim é uma leitura empolgante, que prende o leitor do começo ao fim – não apenas por querer descobrir se o casal ficará junto, mas também para aprender mais sobre o universo dos revenant e numa. Também é preciso dizer que a capa é linda e o trabalho feito no início de cada capítulo combina com o tom da história. Não deixe de ler e se apaixonar por mais uma série!