Vargas Llosa cria um contraponto perfeito entre o amor e a inocência, inspirado em situações da sua própria vida. O peruano revela no livro a volúpia da quarentona Dona Lucrecia, casada com Rigoberto e madrasta de Fonchito, com quem acabará se envolvendo. Reflexões sobre a felicidade, suas motivações obscuras e o paradoxal poder da inocência podem ser achados em cada uma das páginas, sustentando uma intensa narrativa poética. Lucrécia e dom Rigoberto vivem em contínua felicidade. Ela, uma mulher que acaba de completar 40 anos, nada perdeu de sua elegância e sensualidade; ele, no segundo casamento, descobriu finalmente os prazeres da vida conjugal. Juntos, crêem que nada pode afetar esse idílio, cheio de fantasias e sexo. Alfonso, ou Fonchito, filho de dom Rigoberto, parecia ser o único empecilho; amava demais sua mãe, Eloísa, para aceitar a chegada de uma madrasta. Mas até ele foi conquistado pelos encantos de dona Lucrécia. O amor do menino por sua madrasta, entretanto, vai muito além do que se esperaria de uma criança, criando uma linha tênue entre a paixão e a inocência que mudará o destino de cada um deles. Publicado no final da década de 1980, Elogio da madrasta é uma incursão bem-humorada e sutil de Vargas Llosa na literatura erótica e, ao mesmo tempo, uma sátira bem-humorada dos mitos e temas que consagraram esse estilo literário ao longo dos séculos.
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