Ratings1
Average rating5
Reviews with the most likes.
(eng/pt-br) On the 34th canto of [b:Inferno 15645 Inferno Dante Alighieri https://i.gr-assets.com/images/S/compressed.photo.goodreads.com/books/1520255019l/15645.SY75.jpg 2377563] (Spoiler Alert?) we see, on a frozen place that contrasts against the high temperatures of hell, together with Judas Iscariot, Brutus and Cassius, being tortured by the three heads of Lucifer, on the traitor's circle. “What has someone to do in order to be put together with the traitor of Christ, God himself?” I asked myself.Long story short, the fact that Brutus and Cassius were considered to be as evil as Judas gave me a enormous will to look after their stories, and when I saw the Shakespeare made a story about them, I figured that was the perfect opportunity to read the most famous dramaturg of all time.The story itself, we already know it. Julius Caesar is betrayed and stabbed 23 (on this book, 33) times by the members of the senate. But Caeser is NOT the protagonist, besides the title. In reality, Brutus is the main character here. The story tells his trajectory, his reasons and his eventual death.The writing is nothing short of excepcional, Caeser's phrases give the sensation of a solid and constant (as the Northern Star!) governor. The scene where Brutus and Cassius argue thrilled me. Both Anthony and Brutus's arguments on Caeser's death are extremely moving. On it's writing, it is perfect. On it's story, i have my cons (very, very little cons).Shakespeare creates a narrative where you can't side with anyone. Brutus had his reasons and Anthony too. You won't side with anyone, and you won't cheer for no one (since we already know the ending). Moreover, Caeser's death was too early on. I believe that it was possible to explore more on Brutus and Caeser's relationship. Actually, it was so possible that it looks like it was purposefully made: this “not-interaction” of both characters seems to be intentional.Intentional or not, i believe that by showing us more of those interactions, Caeser's death would have more burden.————————————————————-No 34° canto do Inferno, de Dante (Spoiler Alert?) vemos, em um local congelado que contrasta com as altas temperaturas do Inferno, ao lado de Judas Iscariotes, Bruto e Cássio, sendo mastigados pelas três cabeças de Lúcifer, no círculo dos traidores. “O que em sã consciência alguém pode fazer para ser colocado ao lado do traidor de Cristo, o próprio Deus encarnado?” Eu me perguntei.Em resumo, o fato de Bruto e Cássio estarem considerados tão ruins quanto Judas, me deu uma tremenda vontade de saber mais sobre a história destes, e quando eu vi que Shakespeare havia feito uma obra sobre, pude concluir que esta era a oportunidade perfeita para finalmente conhecer o mais famoso dramaturgo de todos os tempos.A história em si, já conhecemos. Júlio César é traído por Bruto e esfaqueado 23 (que no livro, são 33) vezes pelo Senado. Mas Júlio César NÃO é o protagonista aqui, apesar do título. Na realidade, o protagonista é Marco Bruto. A história conta a trajetória de Bruto, seus motivos, e sua eventual morte.A escrita é sensacional, diga-se de passagem. As frases de César passam a sensação de um governador sólido e constante (como a aurora boreal). A cena da discussão entre Cássio e Bruto é clássica. Os discursos de Bruto e Antônio são extremamente comoventes. No quesito escrita, é perfeito. Mas como história, tenho meus poréns (bem, bem pequenos poréns).Shakespeare cria uma história onde não temos como tomar partido de ninguém. Bruto tinha seus motivos e Antônio, os dele. Você não toma partido em nenhuma hora da leitura, e não torce por ninguém (até porque já sabemos o final). Além disso, a morte de César foi um pouco cedo demais. Eu acredito que era possível explorar mais a relação entre César e Bruto. Na verdade, era tão possível que parece ser feita intencionalmente: essa não interação entre os dois personagens parece ter sido até mesmo proposital.Proposital ou não, eu acredito que caso a relação deles fosse explorada, poderíamos ter mais peso na morte de César (Et tu, Brutus?).