A poesia de Al Berto remete variadas vezes para as artes visuais, a pintura, a fotografia, o cinema. E Al Berto, quando vivia em Bruxelas, em 1969, concebeu uma série de trabalhos visuais, "de acordo com as cores vanguardistas do tempo, riscadas de viagens pop e psicadélicas", como diz Alexandre Melo. São os "Projectos 69", editados em livro a partir da edição fac-similada publicada por Montfaucon Research Center, com um prefácio de Alexandre Melo. Uma obra que junta imagens e palavras que, passados estes anos, resistem ao tempo e se afirmam na sua modernidade, uma obra que nos ajuda a conhecer melhor Al Berto.
No prefácio, Alexandre Melo fala dela como de uma casa, a casa de Al Berto, para a qual ele nos convida a entrar: "Uma casa que é uma cidade a preto e branco onde se sonham e arriscam todas as cores, onde correm todos os riscos: ondulantes riscas nas bandeiras festivas do arco-íris, sulcos de pastas dentífricas à conquista de bocas e sabores. Uma casa cheia de urgência inventada como quem faz um filme no meio da rua e da Europa de passagem pela estrada do mundo, rápido no salto do instintivo, suave na canção do coração."
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