Sangue Azul - O Refúgio do Rei
Sangue Azul - O Refúgio do Rei
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Conheci um pouco do mundo de Sangue Azul em “O resgate da clariencante”, conto que foi lançado como prévia e na época adorei o que Renato tinha começado a mostrar, mas com o tempo fui esquecendo. O que lembro é que tinha achado pontos originais e outros comuns a muitas fantasias que inclusive se baseiam na famosa saga do heroi que já conhecemos, como o heroi sem pais que vai aprender coisas em um determinado local/escola mágica com alguns amigos para salvar o mundo (ou seu próprio mundo). É o que acontece também em Sangue Azul, mas sempre misturado aos toques particulares de Renato que, em determinado momento, ganham vida própria e você só consegue enxergar a Academia das Brumas (ainda temos um momento para relembrar o conto da clariencante, que não ficou solto e tem grande importância), Noah e sua turma e as aventuras deles como um grupo que nasceu nesse livro, e não como vindos de um outro lugar de inspiração.
Estava/estou em um momento de poucas leituras, então os livros que consigo manter um ritmo e me interesso por saber o que vai acontecer são - certamente - bem avaliados no meu conceito. Foi possível me apegar a personagens e a vivenciar o mundo criado, desconfiar de algumas intenções e torcer pelas várias histórias dentro de Sangue Azul. Estou na fila pra ler a continuação e vou cobrar por uma, porque dá pra sentir a humanidade da escrita e a proximidade com as situações encontradas aqui, principalmente nos diálogos em expressões que não costumamos encontrar em livros, mas em conversas de Whatsapp, por exemplo, o que deixou a leitura mais divertida e os personagens com comportamentos “reais”, mesmo os mitológicos dentro do universo de Neno.