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Um lobisomem que vaga pelos subterrâneos há mais de 300 anos e uma falange que quer caçá-lo a qualquer preço são o fio condutor da história. Ao longo dessa perseguição, vai se revelando ao leitor toda a angústia de Dimitri, a criatura que, embora jamais perdendo a condição humana, vive atormentada por seu lado brutal e incontrolável. E é através de sonetos escritos nas paredes do subterrâneo fétido em que habita, que o lobisomem revela toda a sua dor.
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Resenha do blog Sincerando.com, escrita por Sarah Sindorf
“De todos os monstros das trevas, o lobisomem é o que carrega a mais terrível maldição. Jamais deixa de ser uma criatura humana, sofrendo, a cada transformação, o tormento de seu lado brutal e incontrolável.”
Livro gentilmente cedido pela Editora Edelbra
Nesse livro temos dois personagens: de um lado, o lobisomem, que passa por uma transformação mensal e convive com uma fera brutal, e do outro, Javert, um caçador de CMIs - Criaturas Monstruosas Incontroláveis. E é durante uma caçada ao lobisomem que conhecemos os dois e sua história.
Confesso que o lobisomem não é a minha criatura sobrenatural favorita, e não costumo ler muitas histórias com eles. Entretanto, esse livro me trouxe uma nova visão e me fez gostar um pouquinho mais desse ser. Mas não pensem que o lobisomem desse livro é como o de Crepúsculo, pois não é. É uma fera passional e incontrolável quando transformada e um homem perturbado e com várias consciências quando desperto.
Javert é um caçador experiente e condecorado de uma organização que tem como fim esconder do mundo e caçar as CMIs. Diferente dos outros caçadores, Javert é um homem sombrio, dado como frio e calculista. Não interage socialmente e não tem outra vida a não ser a de caçador. Mas alguma coisa o atrai para esse lobisomem, que já vem caçando a muito tempo e tem um comportamento diferente dos demais.
O que eu mais gostei nesse livro é a caracterização do lobisomem. Como fera, não há capítulos narrados por ele, mas durante as três outras luas, o homem aparece com consciências diferentes. Atormentado pelo passado e pelas matanças que acontecem todo mês, ele se perde entre consciente e tomado pelos instintos “monstruosos”.
Uma coisa que achei muito interessante foi o processo da escrita das narrações do lobisomem. Quando sai de sua pelagem, o homem não consegue formar frases, se expressando basicamente por palavras únicas, como: Fome. Medo. Sede. De acordo com a mudança da lua, sua personalidade vai aparecendo mais, e suas sentenças vão melhorando, se tornando mais parecidas com o que conhecemos. O livro traz também relatórios da organização que nos mostram características e informações sobre lobisomens e sobre a caçada ao lobisomem deste livro.
Quanto à diagramação, está impecável e combina com a história. Os capítulos trazem as luas no final da página, perto da numeração e a cor da fonte/ilustração é da cor da capa. Gostei muito do trabalho do ilustrador, que trouxe várias passagens à vida. No final do volume temos um anexo com informações sobre lobisomens e indicações de filmes. Nesse momento, é o meu livro favorito na coleção e por mais que o final seja sombrio, eu gostei bastante. Recomendo aos que gostam de sobrenatural e lobisomens.
Link: http://www.sincerando.com/2014/06/sonetos-nas-trevas.html