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Quase favoritado.
Esse livro é muito underrated. Ou pouco comentado, pelo menos.
Tem a “quest” tradicional, o mistério póstumo do parente querido, a personagem que cresceu, sem 100% se recuperar, livrarias em risco de quebrar.
Talvez um pouquinho de “f*cks” e suas conjugações ao longo do texto (ou eu que sou um pouco pudica demais).
Desde a descrição no começo do livro deu a entender que o relacionamento dos dois era mais físico do que um entendimento psicológico das coisas.
Tirando o fato de o namorado dela ser meio macho alfa, não vejo porque não namorar esse Jay (e namorar o Malcom) - ponto a ser mudado em breve (ligar bêbado, com ciúmes, não sei se é a melhor opção).
Mas Malcom é meio... plain. Sem atrativos também. Olho azul ou não.
Talvez a declaração de Shakespeare deu uma acalentada no coração. Sou careta. E saber que ele é adepto da velha verdinha, foi estranho.
Em resumo, ROMANCE - com a personagem principal - não foi o forte da autora.
Sinto que ela se empenhou tanto para fazer um romance (desesperado e) profundo da geração anterior, para justificar TODO O ROLO que aconteceu entre 0s irmãos, que deixou resto de lado.
Apenas queria que pelo menos uma vez, tivesse uma versão (de um livro deste gênero, que não seja romance histórico onde tudo de bom acontece) - de romance contemporâneo - em que alguém razoavelmente nerd pudesse ficar com um jock - alguém off-type , como ela declarou. O aceite tão seco, omisso e sem reação do término de um relacionamento - que estavam vivendo juntos, começando uma nova etapa - da forma descrita, foi UÓ. Deu uma quebra estranha no romance, na relação deles, foi bem ruim .
Outra que não entendo (embora já tenha vivido) porque esse povo tem uma ÚNICA amiga, e ela vira uma única megera cinematográfica? Tão caricata que deixa a personagem... sem personalidade (a Jhonny).
Sobre o tio Billy: a impressão que tenho é que ele era um cara muito egocêntrico, mas facilmente influenciável, que apenas se relacionou com mulheres tóxicas (sim, senhoras e senhores, nós também podemos gerar um relacionamento abusivo) e que ao invés de enfrentar as adversidades, usou aquilo como um meio de vida. Essa é minha conclusão com 54% de audio do livro.
Miranda tomar conta de um negócio tão subitamente, e de forma tão agressiva, mostra, no meu ponto de vista, um passado tão mal-resolvido consigo mesma que está utilizando a livraria como um band-aid em uma feriada que precisa de pontos.
Sim, os seres humanos são capazes de coisas incríveis, mas não me lembro de ter “gestão de negócios e desenvolvimento micro e macro empresarial” na minha minha gradução em química.
“Você é sobrinha do seu tio” não é justificativa suficiente.
Então chegamos ao grande PAH! da história que é a revelação das paternidades. Agora a briga de Susie com Billy faz sentido. A cobrança pela presença, ao menos no aniversário, fazia todo sentido (“suspeitei” que era algo desse tipo, mas pensava que Bill não era irmão de Susan, e os dois tiveram um caso e agora bancavam os irmãos para suprir essa paternidade indevida)..
Embora a revelação tenha sido marcante, tenho um pedaço de mim que vê a reação dela um pouco OVERREACTING. Não consegui me conectar com a situação, me colocar na pele da Miranda.
Por exemplo, Malcom omitiu a verdade, porém foi em atenção ao pedido de seu melhor amigo. Nesse momento, o peso do “tempo de conhecimento entre as partes” pesa mais.
A carta do Billy. Misericórdia. Não sei se foi estupidamente covarde ou um ato auto-reflexivo memorável que merece uma stand up ovation.
Alguma coisa nesse livro laçou meu coração.
A vontade de ter uma livraria, talvez? Pode ser que sim. E querendo ou não o desvendar de cada etapa elaborada por Bill para descobrir os grandes segredos dele, são muito bem feitos. Um pouco CSI demais, sendo bem sincera. Chegar nas conclusões através das pequenas dicas, rabiscos, frases e anotações deles, as cores, frases grifadas em livros soltos (livros que não foram lidos antes e a familiaridade com a história, para novas e diferentes interpretações se perdem) e nomes de pessoas do passado... é difícil.
Ainda assim, me importei com o desfecho de tudo.
Mas o final foi muito...meh.
Yesterday bookshop.
Se ela tivesse dito que era pela música dos Beatles teria feito mais sentido. Miga, se Próspero Books não pegou, Yesterday Bookshop [A Livraria de Ontem], é que não vai.
Mas quem sou eu para julgar a decisão de final de um livro que foi bom por 90%?
Dei 4 estrelas, praticamente favoritado.
E seguimos buscando livros que falem do amor de livros.