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Cômico e melancólico, sensível e cruel, um romance corrosivo sobre o mundo da arte, o Brasil dos privilégios e uma geração perversamente obcecada por imagem e virtude. Vivian é uma jovem curadora de trinta e poucos anos que vive entre Rio e São Paulo. Seu currículo impecável só existe por conta dos diversos trabalhos mal remunerados em instituições prestigiadas, uma vez que vive do dinheiro da família. Quando um episódio trágico faz com que sua vida se cruze com a de Darlene, uma ambulante que vende cervejas em frente a seu apartamento, o mundo de Vivian ganha um rumo sombrio e imprevisível. O elo invisível entre seu conforto financeiro e a violência que mora ao lado nos convida a uma jornada ímpar na literatura brasileira contemporânea. Entre o delírio narcisista, personagens obcecados por manter sua posição social a qualquer custo e um retrato cáustico do universo de pais e filhos ricos e privilegiados, a narradora de Clara Drummond nos convida a olhar para a tragédia humana e de um país. "Amparada por uma tradição que flagra com tintas satíricas, entre o riso e a crueldade, o esboroamento de certa classe proprietária brasileira, Clara Drummond conduz esse processo até o século XXI e os primeiros passos do nosso mais novo ensaio de Estado policial. Nesse palco, descortina o circuito das artes e das festas, apresentando uma geração que experimenta uma vaga rebelião, que possui uma vaga consciência do mal-estar, mas que segue com a dança, com tudo o que ela tem de mais perverso, porque, como diz a narradora acerca de si, é 'muito insegura para não ser superficial'." — Marcelo Pen " Os coadjuvantes é o retrato de uma geração, mas também de uma cidade e de uma classe social que raramente se vê retratada com tanta precisão e mordacidade. O livro é engraçado de rir em voz alta — como diz a narradora e protagonista: 'meio cômico, meio triste'. É surpreendente, divertido e muito bem escrito." — Branca Vianna "Com sua cabeça curiosa e repertório incomum, Clara Drummond capturou meu foco e meu desvio com uma literatura ferina e cordial. Um pequeno grandioso livro." —– Letrux
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Que tiro foi esse? Comecei achando que era despretensiosa, no meio vi um pouco de Madalosso, no fim estava querendo dividir as várias pérolas doídas e maravilhosas jogadas sem purpurina no meio do texto.
A protagonista fala da classe média e de seus white people problems de um jeito cândido e transparente, no que eu considerei a melhor definição de ‘grito silencioso' em muito tempo. Uma enorme surpresa encontrar esse livro.