Ratings1
Average rating4
Frankie Cole and her two best friends have started a new business in Manhattan and it's been a hit. Frankie is a designer and loves to work with landscaping for hanging gardens on the roofs of skyscrapers in the city. Between true friendships and rewarding work, she has everything to be happy. Frankie never paid much attention to romantic relationships, always preferring to focus on herself and work. She and Matt, her best friend's brother, have known each other for years but have never had anything more than friendship. Until he discovers new things about the woman he thought he knew so well, and decides he doesn't want to spend another day away from her. Matt knows that Frankie keeps herself safe behind her emotional barrier, but he will do anything to overcome the blocks to win her over.
Featured Series
6 primary books8 released booksFrom Manhattan with Love is a 8-book series with 6 primary works first released in 2015 with contributions by Sarah Morgan.
Reviews with the most likes.
Enquanto lia este segundo volume de Para nova York, com amor descobri que estou me acostumando com duas coisas: a escrever pôr do sol sem hífen e a me deixar levar pelas palavras de Morgan. Não consigo me lembrar de ter lido alguma história dessa autora antes de Amor em Manhattan, mas, ainda que tivesse lido (e provavelmente li e não consigo ligar o livro à autora), sua forma de envolver o leitor ainda me surpreenderia – porque cada nova história parece a primeira.
Em Pôr do Sol no Central Park temos a história de Frankie Cole, que junto com Eva é a melhor amiga de Paige (protagonista do livro anterior). Nossa especialista em flores e plantas tem uma queda de longo prazo por Matt, o irmão mais velho de Paige, e um medo enorme de relacionamentos (e de se deixar ver pelo mundo) por conta do divórcio conturbado de seus pais e da sucessão de acontecimentos que se desdobraram a partir do evento. O problema da história gira, então, em Matt tentando fazer com que seu laço de confiança seja ainda mais forte com Frankie para que ela possa se ver livre do medo e dar uma chance ao relacionamento amoroso entre os dois.
O ritmo deste volume é completamente diferente da trama anterior, o que é interessante de se acompanhar. Praticamente completamente voltado às questões de Frankie, o passo da narrativa acompanha o vagar manso da construção da coragem da personagem em perceber que nem tudo era o que ela pensava que fosse. Ao contrário do anterior, neste volume os primeiros capítulos demandam mais tempo de leitura – por irem mais devagar, esses capítulos me deram um pouco de trabalho para serem superados. Obviamente muita coisa acontece, desde o começo, no decorrer da trama e temos detalhes importantes que vão se juntando e diálogos interessantes que são essenciais para que entendamos os medos e travas da personagem.
Este ritmo um pouco mais lento me fez dividir a leitura em dois momentos: antes e depois da página 187. Por que? Porque o primeiro beijo entre Frankie e Matt acontece na página 187 (pouco depois da metade das 365 páginas do livro) e com a iniciativa dela. Este é um momento importante do enredo. É a partir desse beijo que a trama ganha um novo rumo. Se antes o ritmo parecia caminhar a passos pequenos, após o beijo a trama engata a passos largos – as coisas começam a mudar em um espaço de dias razoavelmente curto até chegarmos ao evento final e termos nosso final feliz (que eu não contarei, para manter este texto livre de spoilers, mas que você deve imaginar qual é). Esse é o fôlego que a trama precisava (pois ao meu ver o enredo não se sustentaria se fosse mantido a pequenos avanços) e também é o que garante o selo de “gostei” para este volume.
A construção de Frankie merece um parágrafo para chamar de seu. Um dos melhores pontos deste volume é a atenção que a autora dá ao peso que o passado tem no presente da personagem. Frankie é uma mulher incrível, mas o fato de possuir uma mãe que não se prende a relacionamentos e ficou emocionalmente inconstante em um período significativo de sua adolescência deixou uma marca profunda. Sua fragilidade se esconde atrás de óculos grandes e roupas sérias, seu grande e amoroso coração anseia por cuidado e amor verdadeiro, ainda que não saiba disso. É esse processo de descobrir que ama, é amada e quer amar que vemos aqui. A forma como Morgan mostra a amizade dela com Eva e Paige e como as duas a apoiam e amam é um dos pontos mais bonitos de toda a trama, para além do romance. E o cuidado e empenho de Matt (e sua paciência infinita) são essenciais para que ela se solte e tenha coragem, enfim, de dizer um “eu te amo”.
Alguns outros pontos devem ser mencionados: Matt e Nova York. O irmão da Paige é um exemplo extremamente perfeitinho de homem que toda mãe quer como genro (a minha incluída). Gentil, galante, charmoso e persistente, Matt se mostrou um personagem com muito mais do que o esperado bom-moço trabalhador com músculos incríveis. Morgan consegue fazer com que ele empurre Frankie para que ela expanda seus limites e rompa suas barreiras sem, no entanto, abusar disso. Ele e Garrinhas, sua gatinha “selvagem” que tanto lembrou minha própria gata de estimação, ganharam meu coração em um piscar de olhos. Quanto a construção da representação de Nova York... não há como não sentir o amor da autora pelo lugar, suas descrições são repletas de vida e sentimento. A cidade parece ganhar vida nas páginas do livro e saltar aos nossos olhos. As cenas no Central Park estão entre as minhas preferidas em todo o romance porque nos dão a sensação de realmente estarmos no lugar, vendo o que é contado. Não há dúvidas que o trabalho de descrição é realmente levado a sério aqui.
Como esperado (e ainda bem), pudemos ver um pouco (bem pouco) mais da relação entre Paige e Jake, agora amadurecida e caminhando para uma vida juntos, e me deixa satisfeita saber que os dois estão muito bem. Temos também uma boa dose de pistas sobre o par romântico (Lucas) da próxima protagonista da série, Eva, e tenho muitas expectativas para o que a autora nos reservou no próximo volume – misturar uma romântica nata e incurável com um escritor de histórias de terror parece uma boa receita para um romance interessante.
No geral, Pôr do Sol no Central Park é uma leitura que satisfaz nossa necessidade de amor – seja amor fraternal entre as melhores amigas, seja amor romântico entre o casal. É uma história bem construída, com personagens complexos e uma ambientação que te transporta para cada uma das cenas. A carga emocional das histórias está crescendo conforme a série vai avançando entre os volumes, o que me deixa curiosa e ansiosa para ver o que o próximo nos reserva.