Ben Stiller realmente pegou a única parte interessante desse livro pra fazer um filme legal.
Só em um conto, vi o estilo narrativo de Thurber casar bem com a narrativa em si, quando ele narra como que conta uma história encadeada. Fora isso, os diálogos concatenados em parágrafos longos não funcionam pra mim, além de outros detalhinhos que não estou disposto a enumerar.
A revolução não agressiva do texto de Kimmerer dialoga muito comigo. Foi ótimo entender mais sobre essa faceta do universo indígena norte-americano e repensar as relações de consumo e gratidão na humanidade, macro e micro. E, claro, tentar aplicar essas reflexões numa forma de ver o mundo que contribua minimamente para a cura.
As relações com o mundo mais-que-humano através da ciência também alimentam algo que vem crescendo em mim desde ler Sheldrake, ou antes disso. Foi bom pensar mais sobre isso.
Só achei que, estruturalmente, o livro se perde um pouco entre textos isolados e narrativa continua, mas nada muito problemático.
Surpreendente a cada esquina, principalmente com pouco ou nenhum contexto.
Toda a experiência é cambiante. Primeiro contos isolados, interessantes por si só, depois algumas conexões empolgantes entre as histórias, depois uma expansão de escala inesperada e uma conclusão no lugar certo. Cada confusão ou dúvida ao longo do texto costurada aos poucos e muito bem arrematada ao fim. E tudo isso formalmente encapsulado num estilo narrativo consistente, ainda que surpreendente, e compreensível.
Amei essa viagem, juntou tudo que eu mais gosto em drama, relacionamentos e ficção especulativa.
Por trás de alguns obstáculos, um mergulho no amor e na solidão que me conecta com o século XIX em níveis surpreendentes.
Em geral, não sou exagerado (jogado aos seus pés), então a velocidade e a intensidade dos romances clássicos não dialoga muito comigo. Mas escapando desse desconforto superficial, me vejo um pouco no Sonhador, vagando no ermo, analisando passantes, criando relações com ambientes; e buscando conexões pra dividir esse mundo com alguém.
Os sentimentos aqui são universais: o sentir-se preso em casa, o querer aproveitar a vida, não perceber que já a está aproveitando. E a neblina luminosa das noites brancas deixa tudo meio etéreo.
Uma característica estrutural que me agradou bastante foi que a história se limita às noites, usando a última manhã como epílogo. Os acontecimentos do dia são secundários, contados por alto, o que torna os encontros e desencontros das noites mais importantes e isolados.
Os textos, ilustrações e o projeto da Antofágica, como sempre, deixam a apreciação da obra muito mais potente e agradável.
A base da história é ótima, mas a estrutura narrativa me incomodou em vários momentos. A inconsistência dos capítulos alternados, o mistério artificial que não condiz com a onisciência do narrador... Narrador esse que alterna seu foco no meio de capítulos sem motivo aparente. Acho que, em geral, meu problema com o livro foi uma falta de foco.
Apesar de tudo, sinto que há várias versões desse livro que eu adoraria. Consigo ver uma história com potencial através desses incômodos estruturais.
O jeito que Borges dispõe suas entradas quase catalográficas gera sobreposições e análises comparativas muito instigantes.
O texto me convidou a refletir sobre a potência do imaginário humano, suas convergências e divergências, e sobre a pura quantidade de mitos e fantasias que já criamos, como espécie, a fim de dar algum sentido à nossa existência no cosmos.
Merecem destaque, ao meu ver: o quimerismo - como estratégia de criação de fauna fantástica, misturando outros animais conhecidos - que está presente na maioria absoluta desses seres; os “animais esféricos”, os quais o autor usa para explorar os momentos ao longo das eras em que a humanidade tratou astros e planetas como seres vivos; e a inclusão de animais “sonhados” por célebres autores relativamente recentes, como Kafka ou Poe.
Cabe também citar que o estilo de escrita de Borges, aqui, não difere muito da maioria dos seus contos que já tive contato. Ele dá aos mitos e cosmogonias um ar de História, com H maiúsculo, incluindo autores e referências, e nunca desrespeitando as origens desses seres.
Sensacional. Precisamente no limite entre contexto ficcional e discurso real, do jeitinho que eu gosto.
A maneira que Le Guin dá identidade a cada personagem através da narração é clara e certeira. O ponto de vista de Davidson é odioso e egocêntrico, o de Selver é sonhador e inclui a atmosfera e o ambiente ao redor. Apesar de usar a terceira pessoa, a narração assume totalmente a perspectiva do personagem que segue, gerando uma visão respeitosa e naturalizada sobre a cultura dos nativos alienígenas. Essa forma de tratamento me gerou boas reflexões sobre perspectiva, apreço e pertencimento.
A narrativa também traz um discurso sobre a dualidade pacifismo-violência que deixa questões em aberto na medida certa. A brutalidade é uma ferramenta ou uma doença trazida pelos colonizadores? Até certo ponto, ambas. A sociedade de Athshe a usou para se libertar, mas segue para sempre sob a sombra da sua possibilidade, mudada.
Acredito que a escrita como acesso à memória de Ernaux funcione melhor com quem já viveu experiências semelhantes.
Apesar de descrever bem experiências e situações, senti falta de ler reflexões ou sentimentos relacionados a esses momentos. Elas existem, e foram minhas partes favoritas, mas não chegaram a ser suficientes ao meu ver.
Um exercício em suspensão de descrença. Um pouco como a Metamorfose de Kafka, o fantasioso aqui acontece sem causa ou explicação visível. Apenas as consequências do ocorrido são relevantes, o que dá aos acontecimentos da trama uma luz que só o realismo fantástico consegue trazer.
Mesmo com a atmosfera regada a hierarquismo russo, a fluidez do nariz de objeto a duplo a prêmio, ou a nova visão de mundo do protagonista após reganhar sua apreciação à vida, o ponto alto da minha leitura se deu perto do fim, com a crítica de Gogol à veracidade da própria história, apesar de que “incidentes semelhantes acontecem no mundo; é raro, mas acontecem”.
Além disso, a edição da Antofagica foi, como sempre, de grande ajuda para uma melhor apreciação da obra.
Apesar de admitir que as melhores histórias me tocaram e deixaram reflexivo, outras me causaram incômodos.
Senti certa inconsistência nos contos que se propõem a desafiar a escrita formal, o que acaba atrapalhando a leitura sem um motivo claro, na maioria das vezes. Muitos deles também terminam de forma abrupta, o que funciona melhor nos contos que mergulham na psiquê de seus personagens ou focam em cenas mais pontuais, mas parece fora de lugar nos que propõem narrativas mais complexas.
Os capítulos que mais me marcaram a memória foram Old Dog e The Artist, um mais curto e um mais longo, que tiram o melhor de suas quantidades de páginas. O primeiro traz uma cena simples, com um significado profundo revelado, e o outro trabalha um mistério especulativo construído aos poucos.
O maior desafio da leitura foi a barreira temporal de linguagem, que acabou prejudicando um pouco meu ritmo.
Machado é comprovadamente um ótimo escritor, não tem como negar. A premissa do livro é ótima e as conversas com o leitor avivam muito o texto. Na narrativa, preferia, pessoalmente, que ele passasse mais tempo falando sobre coisas além de adultério, mas foi assim que Brás Cubas quis.
A história é consistente e o arco geral é refletido nos arcos menores: tentativas falhas do falecido de, em vida, construir legado e propósito, seja no amor, na política, no jornalismo ou no empreendedorismo. Além disso, Cubas, como personagem, é multidimensional e moralmente ambíguo, o que torna assistir suas ações e reações mais interessante.
Machado também usa momentos breves para tecer comentários sociopolíticos mais, ou menos explícitos, como o torturado torturador ou a borboleta negra, dos quais gostei bastante.
Tenho percebido que guerra não é exatamente um tema que me atrai. Mas não foi só por isso que essa leitura me decepcionou um pouco.
O próprio autor diz - sobre outro autor, mas achei irônico - “his prose was frightful, only his ideas were good”. Muitas coisinhas me incomodaram durante a leitura, como a escrita repetitiva em frases curtas e secas, ou a apresentação de arcos e personagens que não vão a lugar algum. E apesar disso tudo, alguns conceitos presentes na história são interessantes e demonstram potencial, como a visão do tempo como fixo e acessível e a ressignificação da morte (com o qual Ted Chang faz um ótimo trabalho). Mas todas as ideias são jogadas de um jeito meio caótico e deixadas sem muito apreço, o que pode ser intencional, porque é bem consistente, mas não me agrada.
So it goes.
Chorei copiosamente mais de uma vez, 5 estrelas.
A prosa quase poesia de Stênio se mistura com a brutalidade inocente da ignorância para pintar uma história dolorosa, reflexiva e inspiradora. O livro é sobre identidade, sobre trauma, sobre família e sobre abandonar sem esquecer. É sobre a importância da palavra e o poder que ela trás, tanto quando é lida, quanto quando resta.
Sobre forma, o estilo narrativo muda o tempo todo, assume diversas vozes e organizações, mas ainda com regras compreensíveis e sem atrapalhar o entendimento da história, muitas vezes inclusive acelerando o ritmo de leitura. Os saltos no tempo também acontecem de maneira muito orgânica, como memórias, fragmentadas e subjetivas, mais ou menos recorrentes dependendo da pregnância original.
Além de tudo, o história trata de temas muito relevantes, desde a busca específica por identidade e aceitação, até o cisma geracional universal e inevitável, passando por muitos outros que inspiram o pensar e o sentir.
Apesar da escrita agradável e das situações interessantes, a primeira parte do livro me pareceu um pouco derivada de várias outras obras espaciais recentes, desde Interstellar até Story of your life, em partes. No entanto, a partir de algum lugar perto do meio, a meu ver, Weir transcendeu todas essas sementes identificáveis para criar algo novo e original.
Com uma narrativa fluida e leve, intercalada entre flashbacks e o tempo “presente”, o texto corre muito bem e as duas partes se conectam com sentido. A aplicação do método científico aos problemas apresentados me interessa muito e fez minhas engrenagens girarem algumas vezes. Além disso, apesar dessa centralização da ciência, o erro continua sendo grande parte da humanidade da narrativa, causando tantas curvas na história quanto as descobertas.
Outro aspecto digno de nota é a visão otimista da humanidade frente a uma crise mundial. Relativamente distante da típica distopia centrada no caos, Hail Mary prefere focar na busca por soluções e na união em torno de um objetivo comum.
Por fim, minha quinta estrela sempre é subjetiva, e dessa vez ela veio quando Weir pegou diversos flocos dramáticos trabalhados ao longo de 400 páginas e deu conclusões satisfatórias a todos nos capítulos finais, deixando qualquer coração quentinho, apesar de apertado.
Era pra ter lido esse na escola, mas não me arrependo de ter demorado tanto. Seja pelo meu momento pessoal de vida, pelo contexto político atual ou por essa edição da Antofágica, sinto que tive uma experiência muito mais interessante que teria em qualquer outra circunstância até hoje.
É deprimente, apesar de instigante, identificar tantos aspectos de 1984 e do Partido no meu entorno, desde a apropriação e ressignificação de símbolos e palavras, até a perda da privacidade e alienação do indivíduo. Mas observar os pequenos momentos de fuga e rebeldia de Winston dão alguma esperança que, apesar de esmagada no decorrer dos capítulos, continua existente, enterrada e insistente. Ele procura liberdades na mente, no amor e na memória que acabam sendo amplificadas por sua destruição.
Quanto à estrutura, o ritmo e escala dos eventos vão aumentando a cada seção e há momentos que me deixaram realmente em agonia. A escrita de Orwell é relativamente neutra em tom, o que, acredito, recebeu extremamente bem as várias intervenções de diagramação da edição da Antofágica. Com essa nova dinamicidade do texto, acompanhada das ótimas ilustrações, minha experiência de leitura foi amplificada em várias vezes.
No geral, foi uma ótima leitura, como um (re)encontro com um parente distante do qual só ouvi comentários promissores.
Há algum tempo eu não sentia essa vontade de terminar capítulos e histórias. Navegar por essa tapeçaria de Ted Chiang é conhecer desconhecidos inimagináveis e ainda assim sentir que tudo é palpável e potente e real.
Tenho minhas favoritas, mas cada história, apesar de muito diferentes, foi notavelmente criada pela mesma mente genial que parte de uma ideia pontual, observada ou imaginada, expande ela por uma perspectiva logico-científica e cria um pedaço de mundo perfeito pra receber uma história sempre muito humana e instigante.
Além de todas as histórias balancearem muito bem ciência fantástica e dramas humanos, o livro como um todo também é muito bem organizado, sequenciando contos com ambientações, narrativas e estruturas muito diferentes, o que deu, a meu ver, um ótimo ritmo à coletânea. Ainda sobre narrativa e estrutura, comunicação entre forma e conteúdo do texto sempre me encantam, então escrever memórias em tempo futuro num conto e emular uma argumentação matemática ao longo da estrutura de outro foram alguns dos pontos altos da leitura pra mim.
Fui fisgado por Arrival e Story of Your Life, e conhecer mais da ficção de Chiang foi uma ótima experiência. Com certeza lerei mais no futuro.
A princípio, me impressionei com o uso constante do humor ácido na narrativa, distante da minha visão da escrita do século XVIII. A surpresa inicial me gerou boas risadas nos primeiros capítulos, mas a estratégia acabou se tornando repetitiva no ritmo acelerado da história. Isso não enfraquece a potência da sátira, só fez minha experiência com a história mudar com o tempo.
O embate entre cenas desagradáveis e eufemismos, metáforas e hipérboles deixa clara a denúncia em vários momentos (como aos horrores da guerra, da nobreza, da religião ou da crueldade escravagista), mas acaba caindo num espaço ambíguo entre naturalidade e desgosto em outros (como o secundarismo feminino ou a inferiorização de não-brancos). A valorização de uma sociedade não europeia é bem legal de se ver e Voltaire é muito eficiente em atacar absolutamente todas as partes da sociedade que o rodeava na época.
A constante mudança de cenário e personagens secundários me tirou um pouco do fluxo de leitura, e as conveniências e retornos de personagens em partes aleatórias do mundo também me geraram descrença, já que colocam a história num espaço mais de fábula que de denúncia realista. Mas tudo isso acaba se encaixando bem com a narração direta e incisiva do autor.
Por fim, as ilustrações da edição, por Pedro Meyer, são incríveis e recontextualizam a leitura, e o projeto gráfico da Antofágica amplifica muito o aproveitamento da narrativa. Foi uma experiência muito boa, em geral :)
Uma clássica “fantasia no mundo real”, mas com um toque agradável de maturidade e originalidade.
Senti aqui a familiar sensação de presenciar magia, mas, diferente das sagas da minha adolescência, esse ambiente é usado para contar uma história mais orgânica, fugindo na maior parte do tempo da “longa missão importante” ou do “grande vilão apocalíptico”. Em The Golem and the Jinni, Wecker prefere falar, direta ou indiretamente, sobre as dificuldades da imigração à grande Nova York, as relações entre judeus e muçulmanos, o que é sua própria natureza e até que ponto vale à pena aceitá-la (ou negá-la). Todas temáticas interessantes que tornam a história densa e reflexiva, além de mágica.
A história me perdeu levemente ao tratar o antagonista de forma um pouco unidimensional, beirando o fim, mas o clímax em si foi uma conclusão tão satisfatória de todas as pontas tecidas ao longo do texto que isso foi rapidamente encoberto.
A narração também é interessantemente dinâmica: em terceira pessoa, mas sempre focando na perspectiva de alguma personagem. Apesar de, na minha opinião, tirar o foco de momentos importantes em alguns pontos, as mudanças de perspectiva mantêm o texto vivo e sempre cumprem um propósito.
“É possível fugir ao declínio da luminosidade? Ou pode-se apenas fugir de seu aviso?”
A escrita de Didion é madura e consistente, de um jeito suave e acolhedor. Ela conta sua perspectiva como mãe em luto, como mulher em envelhecimento, quase como numa sessão de terapia. Me senti como um amigo, tentando ao máximo ouvir e compreender suas dores.
Seu uso de repetição é muito eficiente. Ela repete conceitos, cenas, não simplesmente palavras, o que deixa esse efeito mais estético que repetitivo per se. Os flashback em forma de frases vão se acumulando ao longo do livro e culminam de um jeito bastante satisfatório no capítulo final.
Apesar das temáticas pesadas, principalmente envolvendo a morte, o texto nunca chega a ficar mórbido em si, já que se baseia muito em memórias anteriores à tragédia e nas reações, ao invés de focar nos acontecimentos em si. Como leitores, flutuamos pelos problemas e observamos suas ondulações ao redor, ao longo do tempo, na perspectiva da autora.
Quanto a críticas, senti certa falta de um fio narrativo para seguir ao longo da leitura, apesar de me acostumar com o estilo mais desconexo com o tempo. Também me confundiram as recorrentes referências muito específicas a pessoas e locais que não conhecia, o que acabava me fazendo pular frases inteiras, mas não é como se fossem inteiramente desnecessárias ou nocivas, só atrapalharam minha experiência individual como leitor estrangeiro em muitos níveis.
Não tenho muitos motivos objetivos pra explicar minha decepção, só que o primeiro livro me tocou muito e esse me pareceu mais... genérico?
O primeiro ato parece correr pra transformar o setup do fim do primeiro livro num drama adolescente qualquer de um grupo de amigos na escola. A prosa também é desnecessária e inexplicavelmente repetitiva em alguns momentos, tanto em temática quanto em texto.
Ainda assim, gosto da psique de Ari e ser acompanhado por ele mais um tempo foi bom. O ponto de virada do último terço também deixou a história mais intimista de um jeito que me agradou, e ter esquecido dele por um mês também ajudou a voltar mais fresco pra história.
Enfim, 3 estrelas, difícil explicar.
Poe apresenta pontos narrativos ótimos e originais e uma progressão informacional que torna as descobertas graduais e recompensadoras. No entanto, a configuração de grande parte dos três contos não me agradou tanto. O monólogo expositivo de Dupin é, por vezes, cansativo e monótono, coisa que poderia ser balanceada com um formato narrativo ao longo das descobertas impressionantes, ao invés de posterior à solução.
De qualquer forma, Poe merece elogios às suas descrições do horror criminoso e à sistematização das histórias de detetive que fariam tanto sucesso em séculos por vir.
A objetividade da apresentação da metamorfose de Gregor nos coloca imediatamente dentro do universo da história, quase que à força, o que acaba funcionando bem pra um texto curto como esse.
Apesar de ser tratado como criatura e se tratar como incapaz, a narração transparece ao leitor a humanidade ainda pulsante em Gregor, pintando os maus tratos da familia com tons de crueldade e a descrença de Samsa com matizes de pena e melancolia.
Por vezes me vi na autodiminuição de Gregor em prol da felicidade da família e na privação da própria liberdade, criando pra si uma prisão nunca reforçada pelo ambiente em si (não foi exatamente uma observação feliz rs).
Mesmo com um tom monótono e objetivo, Kafka ainda conseguiu me tocar com suas insinuações sutis e suas cenas viscerais.